A partir da experiência do autor com o movimento pentecostal em Gana, o comentário dialoga com o artigo “Fazendo política em outros Congressos”, de Carly Machado. Destaco as propriedades expansivas e eticamente contingentes da concepção pentecostal de glória, que considero um esteio de sua teopolítica e uma fonte de instabilidade moral nas vidas dos homens e mulheres de Deus. Articulo o caso pentecostal com a genealogia da glória oferecida por Agamben e sublinho três contribuições do artigo de Machado para um estudo imanente da política pentecostal: o conceito de escalas, sua abordagem não-reducionista para a midiatização religiosa e sua proposta de uma antropologia do suplício pentecostal.