Esta pesquisa teve como objetivo identificar e compreender fatores de risco individuais e familiares da perpetuação da violência, por meio de um estudo descritivo de caráter transversal. Participaram desta pesquisa oito homens que estavam respondendo a processo judicial pautado na Lei Maria da Penha. Os resultados apontaram presença de histórico de maus-tratos na infância, percepção de reciprocidade de violência entre o casal, concordância com crenças legitimadoras de violência conjugal, expressão de raiva desadaptativa, bem como uso de substâncias. Identificar fatores de risco que fazem parte da manutenção da violência entre parceiros íntimos possibilita a criação de intervenções efetivas. As intervenções devem ter como foco aprendizagem de estratégias para regulação de emoções, como raiva, bem como a reestruturação de crenças legitimadoras de violência de gênero. Palavras-chave: homens; violência contra mulher; fatores de risco.