“…Avaliações internacionais dos programas de vigilância da qualidade da água para consumo humano (Uhlmann e col., 2009;Jayaratne, 2008;Risebro e Hunter, 2007) geralmente abordam cenários distantes da realidade brasileira, com disponibilidade de recursos financeiros e humanos, sistema informacional consolidado e melhor infraestrutura do serviço de Vigilância. Ademais, sistemas com pressurização contínua e tratamento adequado das fontes de água e disponibilidade de água canalizada para a maior parte da população aumentam a lacuna existente entre estes e os países em desenvolvimento que, geralmente, se deparam com baixo índice de desinfecção da água, vazamentos, canalizações antigas, baixa pressurização, intermitência, entre outros (Lee e Schwab, 2005). No entanto, estudo australiano (Whelan e Willis, 2007) abordando a realidade de comunidades rurais, no que se refere à vigilância da qualidade da água para consumo humano, aponta para questões semelhantes às levantadas nesse trabalho, como o número reduzido de profissionais para atuar em programas de vigilância da qualidade da água, financiamento limitado, dificuldades para cadastro e monitoramento das formas de abastecimento.…”