Decisões em saúde no relacionamento entre o profissional e o paciente com transtorno alimentar

Abstract

O paciente diagnosticado com transtorno alimentar pode ser visto como alvo de orientação ou ser posicionado, junto ao profissional, como especialista na condução do tratamento. Buscou-se compreender, a partir das práticas discursivas de pessoas diagnosticadas com esses transtornos, como profissionais e pacientes constroem as decisões sobre o tratamento. Foram realizadas entrevistas com 12 pacientes de um serviço especializado na área, e quatro foram selecionadas para análise, que teve como fundamento o discurso construcionista social. A análise permitiu abordar os movimentos denunciativos das participantes com relação às decisões unilaterais tomadas por profissionais de saúde, e seu pleito por maior participação do paciente nas decisões do tratamento. Essas realidades relacionais foram discutidas a partir dos discursos sociais privilegiados nas práticas discursivas empreendidas no relacionamento profissional-paciente, da problematização da organização das políticas públicas em saúde em nosso país e do modo de funcionamento das instituições hospitalares.

Health care provision in Brazil: A dialogue between health professionals and lesbian, gay, bisexual and transgender service users

“…(Tiê) This resource is simple because it allows potentially uncomfortable situations to be resolved by asking users what would make them feel comfortable during a consultation. However, it is disruptive because it opposes the biomedical model, which assigns to the professional in their specialist capacity the responsibility of knowing what is best for the user (Souza and Santos, 2014). In this model, the professional asks how best to act so that instead of being positioned as the 'one who knows about the other', an opportunity is created to 'know with the other'.…”

produção científica sobre transtornos alimentares na área da psicologia

“…Verificou-se que na maioria dos resumos era definido o tipo de delineamento dos estudos, sendo eles transversais e qualitativos (Goulart & Santos, 2012;Ornelas & Santos, 2016;Santos et al, 2014;Santos et al, 2016;Scorsolini-Comin et al, 2011;Souza & Santos, 2012;Souza & Santos, 2013a;Souza & Santos, 2013b;Souza & Santos, 2014a;Souza & Santos, 2014b;Souza & Santos, 2015). Entende-se que no restante dos artigos (Cardoso & Santos, 2012;Gonzalez et al, 2014;Nicoletti et al, 2010;Pedrosa & Teixeira, 2015), mesmo que em seus resumos não estejam explícitos, os pesquisadores utilizaram-se de pesquisa qualitativa.…”

“…al., 2014;Goulart & Santos, 2012;Santos et al, 2014; Scorsolini-Comin et al., 2011;Souza & Santos, 2013a;Souza & Santos, 2013b;Souza & Santos, 2014a;Souza & Santos, 2014b) ou seus familiares(Nicoletti et al, 2010;Ornelas & Santos, 2016;Santos et al, 2016;Souza & Santos, 2012), buscando entender os percalços e as implicações que o transtorno ocasiona.Com relação aos estudos que consideraram as vivências das pessoas com TAs, o tema mais frequente foi referente à relação estabelecida entre o paciente/usuário do serviço de saúde e os profissionais que o atendem(Souza & Santos, 2013a;Souza & Santos, 2013b;Souza & Santos, 2014a;Souza & Santos, 2014b). Por exemplo, o estudo de Souza e Santos (2014b) a construção de si mesmo a partir do discurso de pessoas acometidas por TAs participantes de um grupo de apoio psicológico.…”

Construcionismo Social E Trabalho Comunitário: Conflito, Diálogo E Participação

“…Esse discurso sobre a prática psicológica foi produzido e teve seu uso fomentado a partir de experiências em diversos campos de inserção da Psicologia, tais como a educação, as organizações de trabalho, a comunidade, a psicoterapia e a saúde (Gergen, 2001(Gergen, , 2011Martins, Pellicer,& Rasera, 2013;Souza & Santos, 2014). A despeito de trazerem algumas ideias comuns, cada área tem desenvolvido propostas específicas compatíveis com as características e necessidades próprias.…”