A chamada Primeira Modernidade europeia foi um período extremamente conturbado, que passou por diversas crises e profundas mudanças sociais, econômicas e políticas. Nesse contexto, a religião tomou um papel central nas discussões teóricas, em especial após a Reforma Religiosa e seus desdobramentos, que refletiram no modo como as sociedades se estruturavam. Nesta pesquisa, o objetivo principal foi estudar como o trabalho iconográfico de determinados autores contribuiu para a construção de um imaginário que colocava a mulher e todo o seu universo simbólico como um dos focos do debate demonológico, fazendo assim uma conexão entre o feminino e o demoníaco. Para tanto, procuramos estudar uma bibliografia que dialogasse especificamente com os autores e obras elencadas como fontes da pesquisa; entretanto o foco principal deste trabalho foi nos debruçarmos sobre as fontes em si, procurando colocar em prática tudo que foi lido anteriormente. Dessa forma, esperamos ter contribuído não apenas com os estudos em bruxaria, mas também com o debate em torno das questões de gênero no período.