Dados Do Programa Do Câncer Do Colo Do Útero Na Pandemia Covid-19

Abstract

O câncer do colo do útero é considerado um dos cânceres mais comuns entre mulheres, representando um grande problema de saúde global, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer na população feminina. Mediante a um estudo quantitativo e retrospectivo de dados pré-analíticos e analíticos das requisições do exame citopatológico do colo do útero, objetivou-se avaliar os resultados de exames citopatológicos de mulheres usuárias do SUS de um município do oeste do Paraná, realizados no período antes da pandemia COVID-19, de março de 2019 a fevereiro de 2020 e durante a pandemia COVID-19, de março de 2020 a fevereiro de 2021, dos exames citopatológicos alterados. Foram utilizadas as requisições de exames citopatológicos do Programa Nacional de Controle do CCU e o sistema eletrônico SISCAN como ferramentas de busca. Dentre os resultados, totalizaram-se 20.425 amostras processadas no período antes da pandemia, sendo 19.908 consideradas satisfatórias para análise oncótica, onde 1.148 (5,76%) amostras apresentaram alteração citológica. No período da pandemia, totalizaram-se 11.315 amostras processadas, sendo 11.149 amostras satisfatórias para análise oncótica, das quais 721 (6,47%) apresentaram alteração citológica. No período da pandemia, o estudo demostra que metade da população de mulheres usuárias do SUS em um município do oeste do Paraná encontra-se na faixa etária da população-alvo preconizada pelo MS, sendo que a maioria delas realizou seu exame citopatológico por motivo de rastreamento. Contudo, mesmo com a interrupção dos atendimentos eletivos, as mulheres continuaram realizando seus exames citopatológicos, sendo elucidado um discreto aumento de 0,71% das alterações citológicas no período da pandemia, quando comparado ao período anterior, demonstrando o cenário deste programa na pandemia COVID-19.

Impactos da pandemia de COVID-19 no exame citopatológico do colo uterino no Pará

“…Foi evidenciada também uma redução da procura pelo exame de CO por mulheres de 30 a 60 anos, que constituem a faixa etária com maior frequência de anormalidades no exame, porém possuem maiores chances de gravidade perante a infecção pelo COVID-19 (Cavalcanti et al, 2022). Segundo Rigon et al (2022), apenas 50% das mulheres que fizeram o rastreamento de CCU durante a pandemia estão na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde.…”

“…Portanto, seu rastreio é preconizado no SUS, à nível da atenção primária, por meio do exame de colpocitologia oncótica (CO) às mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram relação sexual (Claro et al, 2021). No entanto, dentre os exames de CO realizados no Brasil, cerca de 20% a 25% são feitos em mulheres fora da faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde (Rigon et al, 2022). De acordo com Silva et al (2022), entra as regiões do estado brasileiro, a região Norte possui a menor cobertura do exame de CO.…”

Análise do perfil epidemiológico e rastreamento do Câncer do Colo do Útero em um município da região do Xingu nos anos de 2017 a 2022

“…Configura-se também, como uma alternativa efetiva para a identificação de lesões precursora. Desta forma, é importante destacar que o programa nacional de prevenção do CCU no Brasil preconiza a realização do exame citopatológico cervical, em mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos de idade e que já iniciaram atividade sexual, faixa etária denominada população alvo para o rastreamento deste câncer (RIGON FP, et al, 2022).…”