“…Ainda, relata-se o desafio ao acesso à morfina devido à falta de estoque como um limitador(KAGARMANOVA et al, 2022), a ausência de qualificação adequada dentro da equipe multiprofissional, incluindo principalmente a falta de cursos internos para lidar com deficientes físicos e a falta de estágios ao longo da formação profissional, o não atendimento das solicitações realizadas por médicos da equipe multiprofissional em tempo hábil e a falta de conversação entre as equipes multiprofissionais, impedindo o compartilhamento de dados de pacientes, tornando esses dependentes de uma única equipe, sobrecarregando-a, pois esta passa a não ter folga ou férias(BILGIN et al, 2022).Além dos fatores supramencionados, deve-se incluir também a falta de conhecimento por parte da equipe multiprofissional sobre como comunicar a transição do tratamento convencional para os cuidados paliativos, a incapacidade do sistema de lidar com pessoas com demência no fim da vida (FREY et al, 2020) , a falta de adesão à aprendizagem sobre os cuidados paliativos dentro das equipes de saúde(BRADSHAW et al, 2022) Outra vertente limitadora foi a falta de ensino sobre cuidados paliativos nas escolas médicas (BOLLIG e BAUER, 2021), além da falta de interesse dos estudantes de medicina sobre o aprendizado em cuidados paliativos, falta de professores especializados em cuidados paliativos, estágios inconsistentes em cuidados paliativos, barreiras culturais à educação e ao aprendizado em cuidados paliativos (HARHARA e IBRAHIM, 2021).Em uma outra análise, a falta de conhecimento por parte das enfermeiras sobre o manejo adequado de pacientes pediátricos em cuidados paliativos, as quais relataram sentir falta de treinamento, ferramentas e recursos para beneficiar o paciente, desconforto que os profissionais da equipe de saúde sentem ao cuidar de uma criança em estado terminal, tirando desses a vontade de trabalhar nessa área, apoio médico pediátrico insuficiente a dificuldade de se comunicar com o paciente e com a sua família, dificuldade de encontrar hospitais com cuidados paliativos pediátricos disponível, escassez de oportunidades para ganhar experiência e desenvolver habilidades e confiança devido ao raridade relativa de pacientes pediátricos em comparação com adultos(PORTER et al, 2021). Ainda, a demora da equipe médica em preencher os prontuários dos pacientes em cuidados paliativos, com as orientações corretas sobre o prosseguimento do tratamento(NOBRE et al, 2018) e o preconceito dos familiares para com o termo "paliativo" do tratamento também foram outros potenciais limitadores(FRIEDEL et al, 2018).Em outra vertente, os potencializadores do dos cuidados paliativos envolveram a presença de equipe ambulatorial especializada em tempo integral, e uma equipe multidisciplinar capaz de proporcionar simultaneamente serviços entre oncologia e cuidados paliativos(UNENO et al, 2020). Além disso, o estímulo ao aumento da autonomia dos pacientes sobre o destino de seu tratamento e a conscientização sobre a importância do planejamento do cuidado antecipado(COMBES et al, 2019).…”