Este estudo objetiva comparar a cultura de segurança do paciente entre unidades assistências tradicionais e as voltadas para o COVID em um hospital do Sul da Bahia, Brasil. Estudo de corte transversal com 108 profissionais de enfermagem das unidades de atendimento tradicionais e as destinadas a pacientes acometidos pela COVID-19. Para coleta dos dados foi utilizado o Questionário sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC). Foi possível evidenciar maiores médias nas unidades COVID-19, para as dimensões “Trabalho em equipe dentro das unidades” (média = 15,96 [± 1,15]); “Trabalho em equipe entre as unidades hospitalares” (média = 14,80 [± 2,44]); “Transferências internas e passagem de plantão” (média = 14,62 [±2,53]); e “Resposta não punitiva ao erro” (média = 8,89 [± 2,23]). Já na dimensão “Percepção geral de segurança do paciente” (média = 14,14 [± 2,60]), nas unidades não COVID-19 a média foi superior. Nota-se então que a cultura de segurança do paciente, apesar de ainda muito a melhorar, mostrou-se melhor estruturada (forte) para diferentes dimensões nas unidades que atendem a pacientes acometidos pela COVID-19. Deve-se, com base nos resultados positivos, trazer as experiências destas unidades e buscar maneiras de implementar tais resultados nos demais setores da unidade hospitalar.