Objetivo: identificar questões relacionadas à saúde de lésbicas universitárias. Método: estudo quantitativo, transversal e descritivo de forma online para qualquer universitária que se declara lésbica. Com perguntas sobre vida social, acadêmica e saúde da mulher no período de outubro de 2021 até fevereiro de 2022. Resultados: participaram 35 universitárias entre 19 e 34 anos, sendo que, 29 das participantes eram do curso da área da saúde. A maioria das mulheres entrevistadas, referiu não ser questionadas sobre a orientação sexual por profissional da saúde em consultas ginecológicas. No entanto, encontram algumas dificuldades em realizar o exame de colpocitologia oncótica como, desconforto, dor. Mais da metade da amostra relatou que não tem medo de expor sua orientação sexual no ambiente acadêmico. Dessa forma, oito participantes relataram já ter sofrido algum preconceito na universidade. Conclusão: o estudo identificou que as mulheres lésbicas se cuidam, tentam procurar atendimento, especializo, porém, geralmente continuam com dúvidas. Constatou-se que os profissionais de saúde não sabem como introduzir o assunto e até mesmo passar informações. No meio acadêmico, o assunto é envolvido por mitos e tabus. Todos acreditam ser um tema recorrente e normal, todavia, o preconceito ainda é observado dentro das salas de aula. Consta que os profissionais de saúde e acadêmicos em formação, não estão completamente preparados para um atendimento específico de mulheres lésbicas.