“…Os médicos cubanos participantes do Programa Mais Médicos, seja no Brasil ou em outros países, se comprometem a respeitar cláusula de confidencialidade a respeito de informações, normas e episódios relacionados à atividade profissional no âmbito do programa. Tal postura demanda naturalmente a consideração, em ordem ascendente de complexidade, de aspectos que vão desde a proposição inicial do programa, no que diz respeito à constituição de força-tarefa de médicos para expedições fora de Cuba, como tem sido o caso das missões cubanas à África, no contexto do combate ao vírus Ebola (Walter, Pontes, & Valle, 2014) até a consideração da natureza político-ideológica do regime cubano em sua feição atual (Brito, 2014). Há que se considerar, ainda, que o foco da presente pesquisa não eram as informações confidenciais do programa, mas a vivência (Veresov, 2014) e a experiência pessoal deles, no bojo de uma narrativa reflexiva sobre a trajetória migratória de cada um em contexto de globalização da prática da medicina.…”