Cryoprecipitate transfusion: current perspectives

Mapeamento da prática transfusional em procedimentos cirúrgicos eletivos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto

“…O nível plasmático de fibrinogênio é particularmente suscetível à hemorragia e à hemodiluição, sendo ele a primeira proteína associada à formação de coágulo a ter seus níveis depletados em hemorragia de grande porte. 17 Além disso, diluição de fatores de coagulação devido a ressuscitação volêmica não balanceada, consumo exacerbado, disfunção, acidose, hipotermia podem causar coagulopatia associada a hemorragia maciça. 17 O uso de crioprecipitado apresenta bastante variabilidade ao redor do mundo.…”

“…17 Além disso, diluição de fatores de coagulação devido a ressuscitação volêmica não balanceada, consumo exacerbado, disfunção, acidose, hipotermia podem causar coagulopatia associada a hemorragia maciça. 17 O uso de crioprecipitado apresenta bastante variabilidade ao redor do mundo. Em uma pesquisa realizada no Reino Unido, 423 transfusões de crioprecipitado foram avaliadas, sendo que a indicação mais comum foi a hemorragia (74%).…”

“…39 Vantagens do concentrado de fibrinogênio em relação ao crioprecipitado incluem redução da transmissão viral, disponibilidade e maior capacidade de transporte. 17 Outros componentes do crioprecipitado, como o fator XIII, fibronectina e micropartículas de plaquetas ainda precisam de mais estudos clínicos para determinação de sua importância clínica na coagulação. 17 Atualmente, com o intuito de se utilizar de forma racional os recursos sanguíneos disponíveis, considerando que a transfusão sanguínea apresenta riscos e custos, tem-se apregoado o conceito de manejo sanguíneo do paciente ou gerenciamento do sangue.…”

“…9 Após a sua descoberta na década de 1960, os crioprecipitados foram muito utilizados no tratamento de pacientes hemofílicos, aumentando muito a expectativa de vida desses pacientes. 17 Por causa dessa disponibilidade de substitutos industrializados, muitos países desenvolvidos estão reduzindo o uso desse hemocomponente. 9 Tradicionalmente, a dose é de 1 a 2,5 bolsas para cada 10 Kg de peso corporal do paciente, mas é possível fazer um cálculo mais preciso de acordo com o fibrinogênio do paciente e a concentração-alvo de fibrinogênio desejada.…”

“…3,4 O fibrinogênio é uma proteína crítica para o desenvolvimento de hemostasia adequada. 17 Trata-se de uma proteína dimérica, com três pares de cadeias de polipeptídeos, sintetizada no fígado e que, após lesão tecidual, é clivada pela trombina formando monômeros de fibrina, os quais se juntam e formam polímeros insolúveis de fibrina. Além disso, a fibrina ativa o fator XIII, que aumenta a coesão e resistência da rede de fibrina.…”