“…De qualquer modo, apesar de suas tentativas, a voz do autor persistia sendo a de um representante do litoral, desse outro Brasil que não conhece o sertão e que silencia as vozes das verdadeiras vítimas do massacre. 17 João Batista Lima (2019), descendente de conselheiristas e pesquisador da história de Canudos que trabalha como guia local na região, conta sobre as camadas de destruição e apagamento, bem como da atual resistência, por parte de iniciativas e grupos, para a preservação de sua memória. Segundo ele, depois de Canudos ter sido destruída e incendiada no massacre, algumas famílias, no início do século XX, voltaram a construir e reabitar a região: "surgem novas casas, novas lavouras e, aos poucos, aqueles que dali saíram antes do cerco final, iniciam, junto daqueles novos moradores, a construção do que seria a segunda Canudos" (LIMA, 2019, p. 173).…”