Abstract:RESUMO: Lacan (1968-69) abordou a criança como objeto a liberado. Assim, ela é capturada no gozo, drama em torno do qual a família se estrutura. Tais formulações são questionadas no texto que discute o lugar da criança como objeto de gozo nos tempos atuais. Parte-se da discussão sobre a sociedade da globalização, cuja lógica se orienta para a produção incessante de objetos de consumo, marcada pelo declínio dos ideais e o impulso ao hedonismo mortífero. O imperativo do consumo na sociedade globalizada não é sem… Show more
“…Fora dela, o texto contém recomendações, indicações ao praticante da psicanálise na condução do tratamento, e não regras (FREUD, 1912(FREUD, /2010. (LIMA, 2009) Conforme apresentamos anteriormente, na direção do tratamento Lacan explicita que a condição premente para que ocorra a escuta psicanalítica é a presença do analista como suporte para transferência. Nesse mesmo texto ele nos dirá que a "resistência está do lado do analista" (LACAN, 1958(LACAN, /1998.…”
Section: "O Psicólogo é Aquele Que Apaga Incêndio": a Demanda No Campo Institucionalunclassified
“…Nesse debate, Lima (2009) acrescenta que a criança como objeto a "liberado" trata dela como objeto de gozo, não apenas seu e de seus pais, mas da sociedade e da civilização, que a toma a partir de diferentes posições objetalizantes: pela via do saber na pedagogia, pediatria, psicopedagogia ou no seu avesso pela via do abuso, da violência ou da pedofilia. O que essa gama de pedo-saberes na atualidade aponta é justamente esse tipo de captura em que a criança permanece como objeto.…”
Section: A Política Do Analista Na Instituição: O Aspecto Trágico Do Trabalhounclassified
“…O que parece se articular aqui é justamente um gozo no saber sobre a criança em suas mais variadas formas, seja pelos saberes que se articulam pela normatização da criança, seja pela via da violência que a toma como objeto na tentativa de gozar-mortíferogozar sem limite (LAURENT, 2007;LIMA, 2009). O que esses autores apontam, a partir dos desdobramentos da elaboração lacaniana na nota sobre a criança, é que essa captura fantasística da criança não se dá exclusivamente no plano familiar, mas que há uma espécie de condição cultural atual que permite que a criança assim possa ser capturada em outras instâncias.…”
Section: A Política Do Analista Na Instituição: O Aspecto Trágico Do Trabalhounclassified
“…Quando tratamos dessa citação de Corazza a partir do trabalho de Ana Laura P Pacheco (2012),. o que procuramos destacar nesse entendimento sobre o "país da educação" é a posição discursiva que a criança passa a ocupar em relação ao Outro que visa encerrá-la em uma captura como objeto, conforme apontou o estudo deLaurent (2007) eLima (2009). Não interessa, portanto, tratar do tema da educação, mas sim, como esse significante pode representar para nós, a partir desses autores, esse lugar por onde a criança é capturada na fantasia do Outro e na sua própria fantasia: como alguém que é passível constantemente da intervenção institucional.…”
“…Fora dela, o texto contém recomendações, indicações ao praticante da psicanálise na condução do tratamento, e não regras (FREUD, 1912(FREUD, /2010. (LIMA, 2009) Conforme apresentamos anteriormente, na direção do tratamento Lacan explicita que a condição premente para que ocorra a escuta psicanalítica é a presença do analista como suporte para transferência. Nesse mesmo texto ele nos dirá que a "resistência está do lado do analista" (LACAN, 1958(LACAN, /1998.…”
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“…Nesse debate, Lima (2009) acrescenta que a criança como objeto a "liberado" trata dela como objeto de gozo, não apenas seu e de seus pais, mas da sociedade e da civilização, que a toma a partir de diferentes posições objetalizantes: pela via do saber na pedagogia, pediatria, psicopedagogia ou no seu avesso pela via do abuso, da violência ou da pedofilia. O que essa gama de pedo-saberes na atualidade aponta é justamente esse tipo de captura em que a criança permanece como objeto.…”
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“…O que parece se articular aqui é justamente um gozo no saber sobre a criança em suas mais variadas formas, seja pelos saberes que se articulam pela normatização da criança, seja pela via da violência que a toma como objeto na tentativa de gozar-mortíferogozar sem limite (LAURENT, 2007;LIMA, 2009). O que esses autores apontam, a partir dos desdobramentos da elaboração lacaniana na nota sobre a criança, é que essa captura fantasística da criança não se dá exclusivamente no plano familiar, mas que há uma espécie de condição cultural atual que permite que a criança assim possa ser capturada em outras instâncias.…”
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“…Quando tratamos dessa citação de Corazza a partir do trabalho de Ana Laura P Pacheco (2012),. o que procuramos destacar nesse entendimento sobre o "país da educação" é a posição discursiva que a criança passa a ocupar em relação ao Outro que visa encerrá-la em uma captura como objeto, conforme apontou o estudo deLaurent (2007) eLima (2009). Não interessa, portanto, tratar do tema da educação, mas sim, como esse significante pode representar para nós, a partir desses autores, esse lugar por onde a criança é capturada na fantasia do Outro e na sua própria fantasia: como alguém que é passível constantemente da intervenção institucional.…”
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