Criança com Câncer em Processo de Morrer e sua Família: Enfrentamento da Equipe de Enfermagem

Abstract

Introdução: Para cuidar das crianças com câncer e sua família, a equipe de enfermagem deve entender o processo de morrer, pois o cuidado é muito diferenciado e difícil, tendo em vista os aspectos operacionais e relacionais. Objetivo: Descrever as especificidades do cuidado de enfermagem à criança com câncer em processo de morrer e sua família e analisar a atuação da equipe de enfermagem frente à criança com câncer em processo de morrer e sua família. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida em um hospital especializado em oncologia do município do Rio de Janeiro. Os participantes foram seis integrantes da equipe de enfermagem que participaram da entrevista não diretiva em grupo no período de janeiro a março de 2010. Para analisar os depoimentos, foi utilizada a análise temática. Resultados: Evidenciou-se que a morte é entendida como uma perda e por vezes um alívio. A equipe tem dificuldade em vivenciar o processo de morrer da criança e estabelece estratégias de enfrentamento como não deixar a criança morrer sozinha, separar o profissional do emocional, neutralizar os sentimentos e nunca demonstrar fraqueza. Conclusão: A equipe de enfermagem apresenta dificuldades em lidar com a morte da criança com câncer em processo de morrer e apoiar sua família. Essas dificuldades estão relacionadas à falta de entendimento sobre os cuidados paliativos.

A atuação do profissional de enfermagem no processo saúde-doença de crianças com agravos oncológicos: quando a morte se faz presente

“…É citado a importância de utilizar-se das medicações que estão prescritas, bem como proporcionar o máximo de conforto possível, seja com modificações no ambiente no qual esse paciente se encontra, como também melhora da acomodação do próprio leito, utilizando-se de oxigenoterapia se necessário, dessa maneira propiciando o melhor para que ocorra um final digno e acolhedor. (Carmo & Oliveira, 2015) Além de medidas farmacológicas, existem estratégias complementares para alívio de dor ou outros sintomas, como por meio da inserção da recreação ou pelo acolhimento e a solidariedade compartilhada com as crianças, através até mesmo de um abraço que acaba tornando-se terapêutico. As participantes de um estudo sobre dor e o processo de morrer, em contraponto ao estudo citado anteriormente, destacaram que o momento da terminalidade pode ser vivenciado de maneira menos dolorosa se for feita com esse olhar mais sensível e menos técnico.…”

“…Falha essa que pode ser encontrada desde a formação profissional até a educação continuada dos trabalhadores. (Carmo & Oliveira, 2015). Sabe-se que isto reforça-se quando a morte ainda é vista como um fracasso profissional o que gera um sentimento de impotência por parte profissionais de saúde em prover e restabelecer a vida.…”

Profissionais de saúde e o processo de morte e morrer dos pacientes: uma revisão integrativa

“…Máquinas e medicamentos são muito importantes, porém a comunicação, o acolhimento e a sensibilidade com o paciente são indispensáveis, principalmente no processo de fim de vida (23).…”

“…Em relação ao ano de publicação, foram encontrados 5 artigos do ano de 2012(16,18,19,24,31), 7 artigos do ano de 2013(14,17,20,25,29,32,39), 4 artigos do ano de 2014(22, 34 ,36 ,37), 8 do ano de 2015(15,21,23,26,27,28,33,35) e 3 do ano de 2016(13,30,38).…”

Assistência de Enfermagem nos Cuidados Pediátricos Oncológicos: Revisão Integrativa / Nursing Assistance in Oncological Pediatric Care: Integrative Review

“…O câncer na população infantil é considerado de grande repercussão para a vida da criança e da sua família, no âmbito psicológico e físico, além das drásticas mudanças no cotidiano destes indivíduos, que passam a ter o ambiente hospitalar como convívio. Para a saúde pública brasileira, o câncer infantil tem gerado preocupação, uma vez que se apresenta em destaque na mortalidade de crianças (SEMTCHUCK; GENOVESI; SANTOS, 2017;MUTTI et al, 2013;CARMO;OLIVEIRA, 2015). O Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta para 2018 uma estimativa de 12.500 de novos casos no país (INCA, 2018).…”