Crescimento de tambaqui alimentado com diferentes niveis de farinha de manga e proteína na ração

Abstract

O trabalho avaliou o crescimento do tambaqui, (Colossoma macropomum) com a inclusão de diferentes concentrações (20, 30, 40 e 50 %) de farinha de manga (Mangifera indica) e redução dos teores de proteína (38, 33, 28 e 23 %) na ração, assim denominadas R20, R30, R40 e R50, respectivamente. Para realização do trabalho utilizou-se 240 peixes, delineados inteiramente ao acaso (4x3). O peso médio inicial foi de 5,21; 5,24; 5,19 e 4,99g respectivamente. O experimento durou 56 dias. O arraçoamento foi diário e de forma ad libitum. Analisaram-se as variáveis: taxa de crescimento específico, ganho de biomassa; conversão alimentar aparente, sobrevivência, análise de perfil metabólico e atividade de enzima digestiva. Os resultados de desempenho apresentaram regressão polinomial positiva nas rações com 50 % de farinha de manga e 23 % de proteína (R50). O peso médio final foi R20: 8,65; R30: 8,81; R40: 8,68 e R50: 11,39 g. Nas análises do perfil metabólico: glicose, glicogênio hepático, aminoácidos totais e colesterol, houve mobilização para manter os processos de energia no crescimento do tambaqui. Conclui-se que, o melhor desempenho dos tambaquis ocorre com a inclusão de 50 % de farinha de manga e 23 % de proteína. O perfil metabólico dos peixes é afetado positivamente pela substituição da proteína pela farinha de manga.

Avaliação do Ganho de Peso do Tambaqui Cultivado com Diferentes Taxas de Proteínas na Alimentação

“…Observou-se que os valores de conversão alimentar foram semelhantes entre as distintas dietas aplicadas no presente estudo, corroborando com os trabalhos de El-Sayed e Teshima (1992) e Bonfim et al (2008) onde relatam que os níveis de proteína não afetam significativamente na conversão alimentar. Contudo, ainda é prematuro fazer essa afirmativa, tendo em vista que existem resultados que mostram o oposto, como os reportados por Bezerra et al (2014), onde relatam que a CAA tem relação inversa ao teor de proteína bruta contida na ração. Sendo assim, ainda tem muito a ser feito para esclarecer essa lacuna de informação para a criação de peixes em cativeiro, em especial o tambaqui.…”

“…O crescimento positivo na produção do tambaqui está diretamente relacionado à dieta empregada no cultivo da espécie (BEZERRA et al, 2014), sendo que o preço da ração se eleva de acordo com o teor de proteína nela contido, e isso é agregado no custo da produção piscícola, representando até 80% das despesas (PEREIRA JUNIOR et al, 2013). Porém, o valor nutritivo de uma ração não depende apenas do teor de nutrientes que esta detém, mas também da capacidade do animal em digerir e assimilar os nutrientes contidos no alimento (SMITH, 1971).…”

Drying kinetics of pineapple agro-industrial residues: a new approach

“…Several alternative diets, elaborated with different types of agro-industrial residues to feed different fish species were tested by several authors, with significant results (TORELLI et al, 2010;PEREIRA JUNIOR et al, 2013;MARINHO et al, 2016;LAZZARI et al, 2015;BEZERRA et al, 2014;SOUZA et al, 2013;LIMA et al, 2011;MELO et al, 2012).…”

Replacement of corn bran by Astrocaryum aculeatum G. Mey. pie flour in the diets of Colossoma macropomum

“…Sendo amplamente cultivada, por apresentar primoroso desempenho zootécnico, adaptação aos diferentes sistemas de criação, alto valor comercial, excelente aceitação pelo consumidor e crescimento rápido (Campos et al, 2015;Melo et al, 2001). O aumento da produção desta espécie está diretamente relacionado à dieta empregada no cultivo (Bezerra et al, 2014;Claro Júnior et al, 2004), sendo que o preço da ração se eleva de acordo com o teor de proteína nela contido (Pereira Júnior et al, 2012).…”