COVID-19 na assistência ao parto e nascimento

Abstract

Introdução: Gestantes e recém-nascidos são considerados pela Organização Mundial da Saúde como vulneráveis para infecção pelo novo coronavírus. Evidências indicam atenção prioritária a esses grupos uma vez que não existe definição científica sobre as formas de contágio, mecanismo de ação viral e potencial patogênico, incluindo nesse contexto as dúvidas sobre a transmissão vertical e amamentação. Objetivo: Sintetizar as evidências disponíveis na literatura científica acerca dos impactos causados pela pandemia da COVID-19 frente a assistência ao parto e nascimento. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases da Medline/Pubmed, PMC, DOAJ, Medline/BVS, BDEnf, Scielo e Web of Science. Resultados: Dos 54 estudos encontrados, 18 estavam disponíveis na Medline/Pubmed; 16 na PMC; 11 na DOAJ; 7 na Medline/BVS, 2 na BDEnf, 11 na SCOPUS. Após a leitura criteriosa dos artigos, 10 artigos compuseram a amostra. Conclusão: Os artigos explicitaram desenvolvimento de conselhos internacionais para parteiras, outros profissionais de saúde e gerentes de serviços de saúde sobre o cuidado de mulheres e seus bebês durante o parto; adoção de um sistema paternalista de abordagem ao parto somado ao medo das gestantes; esclarecimento às suposições acerca do risco da COVID-19 no terceiro trimestre da gravidez; e estabeleceram um comparativo entre o número de gestantes e não gestantes que testaram positivo identificando de forma precoce de qualquer impacto psicológico que ocorra na gestação.

Enfermagem obstétrica na implementação dos métodos não-farmacológicos no parto humanizado

“…Portanto, a oferta de dieta por via oral à parturiente, respeitando o seu desejo, além de não interferir no desenvolvimento do TP e do parto, pode ser benéfica (Silva et al, 2018).…”

“…Os fatores ambientais envolvidos no processo de TP e parto, podem influenciar negativamente o processo parturitivo, desse modo, estratégias como a preservação da privacidade, reduzir o excesso de intervenções desnecessárias e diminuir a luminosidade do local, são estratégias utilizadas para humanizar o ambiente de atendimento ao parto (RODRIGUES; SHIMO, 2019). A experiência sensorial por meio da musicoterapia também é uma ferramenta valiosa, auxiliando na redução da percepção da dor e na promoção de um ambiente mais acolhedor (Silva et al, 2018).…”

“…Porém, alguns trabalhadores da saúde ainda estão relutantes, trazendo para dentro da sala de pré-parto o modelo hegemônico duro, esquecendo, assim, da humanização do parto e do protagonismo feminino (Marins, 2020). Com isso, surge a necessidade da integração da Enfermagem Obstétrica, que visa qualificar à equipe na construção de intervenções dos métodos científicos não-invasivos na integralidade do atendimento e a adesão aos protocolos educacionais que culminem na redução da violência obstétrica (Silva et al, 2018).…”