Introdução: A colecistite alitiásica aguda (CAA) consiste em uma inflamação da vesícula biliar sem a presença de cálculos biliares. É predominante em quadros pós-operatórios, em pacientes traumatizados ou nos internados em unidades de terapia intensiva (UTI) em razão de uma doença grave. A fisiopatologia da CAA apesar de ser associada a alguns fatores conhecidos, não é bem elucidada o que prejudica o desenvolvimento de ações preventivas, diagnósticas e terapêuticas levando assim, o aumento dos casos de óbito. Objetivo: Analisar e sintetizar os conhecimentos disponíveis sobre a CAA em pacientes em terapia intensiva. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura na base de dados PubMed, BVS e Web Of Science usando os descritores: “Colecistite acalculosa”, “Colecistite”, “Cuidados críticos” e “Diagnóstico”. Inicialmente, foram selecionados 60 artigos, sem limitação de lapso temporal, em português e/ou inglês, completo e gratuito. Após análise, 10 artigos corresponderam ao objetivo proposto. Resultados: A partir dos estudos foi demonstrado uma prevalência da CAA em pacientes do sexo masculino e com idade entre 45 - 73 anos. O motivo mais comum de internação na terapia intensiva foi pneumonia, infecções e traumas, tendo um intervalo mediano de 11 dias para o diagnóstico da CAA após a admissão na terapia intensiva e um tempo médio de internação de 26,5 dias. Foi observado que a influência da duração do uso da nutrição parenteral total, analgésicos, ventilação mecânica, drogas vasoativas e a duração do estado de choque foram fatores que contribuíram para o desenvolvimento da doença. Conclusão: Para o tratamento da colecistite alitiásica foi indicada a colecistectomia laparoscópica em pacientes com condições clínicas adequadas e a colecistostomia percutânea naqueles em piores condições clínicas por ser menos agressiva que a colecistectomia aberta ou laparoscópica.