A Violência Obstétrica (VO) é “a apropriação do corpo da mulher e dos seus processos reprodutivos'' durante a assistência praticada pelos profissionais de saúde. Uma das principais justificativas para esse cenário é a falta de informação da mulher. Este estudo tem o objetivo de investigar o conhecimento de acadêmicos de Enfermagem sobre a VO, entendendo que estes serão profissionais do cuidado, responsáveis por fornecer orientação sobre processo reprodutivo, desde o pré-natal ao puerpério, colaborando para ampliação do conhecimento e apoiando a expansão das boas práticas na assistência à mulher. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo de campo, realizado em uma faculdade do ensino superior do Sudoeste Goiano, com (n=65) acadêmicos do curso Enfermagem, do primeiro ao décimo período. Foi elaborada uma entrevista contendo 12 questões objetivas, com o tempo de resposta de 10-20 minutos. Os dados foram analisados pelo aplicativo Microsoft Excel versão 2019 (16.0), expressos em porcentagem e gráficos. Verificou-se que 86,2 % dos participantes são do sexo feminino, 62,1% com idade entre 18 a 23 anos. Demonstrou-se que 84,4% já estudou e/ou ouviu falar sobre violência obstétrica, apresentando com menor frequência o conhecimento sobre a imposição da posição ginecológica durante o parto 33,8% e na restrição alimentar e locomoção da mulher 40,9%. Conclui-se neste estudo que os acadêmicos do curso de Enfermagem identificaram os principais tipos de VO. Desse modo, esta investigação demonstrou que a graduação desses profissionais fornece embasamento científico, crítico e reflexivo relacionados à saúde da mulher.