Corpo e deficiência: espaços do desejo : reflexões sob(re) a perspectiva feminina

A engenharia de reabilitação e as características psicossociais de pessoas com lesão medular submetidas a um programa de estimulação elétrica neuromuscular

“…Isto implica o reconhecimento de histórias de vida diferenciadas. Paula (1993) utiliza o termo "expressões da deficiência" para caracterizar a particularidade da vivência de cada um.…”

“…Quando estas pessoas conseguem se perceber como diferentes, e não como limitadas, elas começam a viver de maneira mais satisfatória, realizando-se em seus papéis sociais, vocacionais e familiares e assumindo a sua identidade como deficiente, mas não como incapacitada e exercendo a sua autonomia (PAULA, 1993). E, para que possam assumir a sua identidade psicossocial plenamente e alcançar a sua autonomia, faz-se necessária toda uma reestruturação na assistência social, laboral, psicológica e pedagógica prestada a estas pessoas, como as relativas às facilidades arquitetônicas, serviços de assistência médica mais adequados, assim como o acesso irrestrito à educação e ao mercado de trabalho (DEJONG, 1979).…”

“…Esta é uma visão estigmatizada e pode ser reconhecida quando ocorre uma desqualificação ou um descrédito em relação à capacidade real da pessoa com lesão medular, quando este se encontra no exercício de papéis comunitários, afetivos e mesmo profissionais que caracterizarão a sua identidade "deteriorada" como sujeito social (GOFFMAN, 1988). Paula (1993) destaca que a deficiência, por si só, remete a uma situação de segregação e marginalização, visto a condição de desvantagem social em que as pessoas que se apresentam como deficientes enfrentam. A autora entende que, embora os conceitos estigmatizantes relacionados ao deficiente definam a sua condição social, a maneira como os mesmos percebem a sua deficiência e se colocam perante esta sociedade, pode contribuir significativamente para uma desmistificação destes conceitos.…”

“…Isto se deve aos conceitos de deficiência implícitos e explícitos nas práticas educacionais e reabilitacionais (PAULA, 1993). São na sua maioria solteiros, já que apenas quatro apresentaram vínculos matrimoniais e uma participante viúva.…”