Convergência e narrativa transmídia no jornalismo: transformações nas práticas e no perfil dos profissionais

Abstract

Foco das pesquisas desenvolvidas por Jenkins (2009), a cultura da convergência traz mudanças ao campo jornalístico, afetando suas práticas, rotinas, perfil de seus profissionais e, sobretudo, as relações destes com o público. No Brasil, um exemplo de convergência é a TV Folha, um programa feito por profissionais de várias áreas, com equipamentos e pautas do impresso. Sua natureza convergente afeta os processos produtivos e favorece a hibridização de linguagens e a produção multiplataforma, acentuando a presença da narrativa transmídia (transmedia storytelling), termo adotado por Jenkins para referir-se a um modelo surgido em resposta à convergência de mídias. Neste trabalho, através da metodologia qualitativa com estudo de caso, entrevistas e análise observacional, busca-se compreender como a cultura da convergência afeta os modos do fazer jornalístico. Uma discussão que leva a crer que o grande desafio vai além da produção de conteúdo multiplataforma: está nas relações desenvolvidas a partir da convergência.

Revista de moda: um estudo sobre os desafios e caminhos do jornalismo segmentado a partir da perspectiva dos editores

“…Uma lógica que perpassa a prática da linguagem transmídia (Jenkins, 2009;Canavilhas, 2013;Martins, 2015) entre outras, estão as particularidades que podem ser destacadas no diálogo com a fala dos editores, é a produção de conteúdo não similar, mas agregador de novidades, que leve em conta a particularidade de cada meio. De fato, parece que as revistas têm buscado esse recurso para tatear um novo espaço.…”

A produção do público no fotojornalismo convergente: formas de participação em portais de notícia

“…Atualmente, a produção do jornalismo passa por diversas transformações, seja no conteúdo, nas narrativas, rotinas pro ssionais, rede nindo as relações entre empresas, jornalistas, públicos e fontes de informação (MARTINS, 2015). As novas experiências vão além do campo tecnológico, passando pelo social, político, cultural e econômico (FRANCISCATO, 2004).…”