O artigo pretende acessar, por meio da indicação de representações comuns a respeito da prostituição e da prostituta dita de luxo, as fantasias relacionadas a este contexto e a estas mulheres como de “exclusividade”, “distinção” e da figura imaginada da “prostituta universitária”. Busca-se então entender como estas representações, de ampla circulação (tanto no senso comum quanto na produção mediática e acadêmica) atuam como dispositivos de mercado, estratégicos para moderar a visibilidade das práticas “altamente sigilosas” relacionadas ao agenciamento, venda e consumo de sexo prostituído de alto escalão. Ao longo desta discussão, analisa-se as formas pelas quais se constrói a ideia de distinção da “prostituição de luxo”.