Contribuições Do Enfermeiro No Enfrentamento Da Hanseníase No Brasil: Revisão De Escopo

Abstract

O objetivo do presente estudo é evidenciar estratégias utilizadas pelo enfermeiro no enfrentamento da hanseníase no Brasil. O estudo trata-se de uma revisão de escopo (Scoping Review), seguindo as orientações contidas no manual de revisões do Joanna Briggs Institute (JBI), de 2020. Realizada através de consulta online nas seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVSMS). A amostra inicial foi constituída por 356 artigos, sendo utilizados um total de 22 estudos para elaboração desta revisão. É percebido que a hanseníase está fortemente associada aos determinantes e condicionantes de saúde, demonstrando a necessidade de uma abordagem mais ampla com a população conduzida pelo enfermeiro no contexto da atenção básica, por meio da educação em saúde em uma linguagem facilitada e efetiva, contribuindo para o estreitamento de vínculos entre a população e o profissional de modo a evitar o abandono ao tratamento. Medidas preventivas, de diagnóstico e tratamento da hanseníase ofertadas no cenário da atenção básica e, implementadas pelos profissionais enfermeiros possuem um alto grau de relevância para controle da doença no território, evitando que a patologia suscite incapacidades físicas que dificultem a socialização do portador de hanseníase em seu convívio social.

Epidemiological profile of leprosy in a municipality of northeastern Brazil in the face of the challenges of those affected

“…(25) Esse atraso no diagnóstico pode estar associado a carência da educação em saúde para a identificação precoce da patologia pelo usuário, o que interfere no reconhecimento de sinais e sintomas pela comunidade, bem como na deficiência do aprimoramento sobre a doença pelos profissionais de saúde, que por vezes não realizam o manejo adequado ao público. (26) A carência da educação em saúde foi vencida em um estudo realizando investigação de casos de hanseníase no Pará, onde a maior parte dos casos de hanseníase foi localizada na capital Belém, podendo ser considerada uma endemia urbana. (27) Outra cidade considerada hiperendêmica para hanseníase, Juazeiro na Bahia, é uma das 40 cidades, contempladas pela portaria nº de 28 de outubro de 2011, que define critérios de seleção para municípios prioritários para ações de controle da hanseníase.…”