Introdução: As práticas integrativas e complementares em saúde são o presente e o futuro dentro do Sistema Único de Saúde, especialmente na Atenção Básica. Além disso, é uma modalidade que investe em prevenção e promoção à saúde, evitando ou minimizando, portanto, o adoecimento do paciente. Objetivo: Avaliar a oferta do conteúdo das práticas integrativas e complementares nas disciplinas dos cursos de Odontologia das instituições de ensino superior no Sudeste do Brasil. Métodos: Realizou-se um estudo transversal utilizando as grades curriculares dos cursos, buscando informações referentes às variáveis: categoria administrativa das instituições (pública ou privada); oferta da disciplina; natureza do componente curricular (obrigatória ou optativa); metodologia de ensino (teórico ou teórico-prática); e carga horária total. Resultados: A amostra da pesquisa foi composta por 180 faculdades, sendo 10 localizadas no estado de Espírito Santo, 71 em Minas Gerais, 25 no Rio de Janeiro e 74 em São Paulo. Em relação à categoria administrativa das instituições, 13,9% são públicas e 86,1% privadas. Apenas 11,1% dos cursos ofertam a disciplina de terapias complementares. Quando presente, a disciplina é predominantemente optativa e quanto à metodologia de ensino, destaca-se o enfoque somente teórico. Há diferença estatisticamente significativa (p<0,001) entre a oferta da disciplina e a categoria administrativa das instituições. A média das cargas horárias, apresentou o valor de 46,3 (±10,6) horas, não havendo diferença significativa entre as cargas horárias avaliadas segundo a natureza administrativa. Ainda, a homeopatia foi a terapia alternativa identificada com maior frequência nas matrizes curriculares. Conclusão: A maioria das instituições de ensino superior do Sudeste brasileiro não oferece nenhuma disciplina que aborde as práticas integrativas e complementares, tanto em aspecto geral quanto em caráter específico, e, quando ofertada, a disciplina tende a ser optativa e teórica.