O objetivo desta pesquisa foi avaliar os estudantes de uma faculdade pública de Odontologia localizada no Brasil, no que diz respeito à ansiedade e depressão, relacionando os escores de cada transtorno com as características pessoais, acadêmicas, e socioeconômicas dos discentes. Trata-se de um estudo transversal, no qual participaram 423 estudantes de Odontologia. Foram entregues três instrumentos de avaliação a serem preenchidos, sendo eles o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI), e um questionário para registro do perfil de cada estudante. Os testes de Mann Whitney e Kruskal Wallis foram utilizados para comparação dos escores entre os grupos. O valor médio dos escores de ansiedade e depressão foram, respectivamente, 15,21±10,78 e 12,08±8,38. Ser calouro, não praticar atividades físicas, ser ateu ou agnóstico, utilizar redes sociais por mais de três horas diárias, vontade de desistir da Odontologia em algum momento do curso, ter procurado ajuda psicológica profissional durante o curso e ter baixa renda foram considerados fatores que resultaram em escores mais elevados de ansiedade e depressão nos universitários. A sintomatologia de depressão e ansiedade foi verificada nos discentes, sendo que características pessoais e acadêmicas podem influenciar em sua saúde mental.