“…Gibbs ilustrou, com dados da época, que 70% dos periódicos latino-americanos não estavam incluídos em nenhuma grande base de dados internacional e que, embora um quarto dos cientistas do mundo atuasse em países em desenvolvimento, essa proporção nem de longe se refletia na quantidade de artigos científicos produzidos por pesquisadores dessas nações aceitos por revistas indexadas, geralmente publicadas em inglês. No caso brasileiro, parte dessa produção vincula-se a áreas do conhecimento que, por sua natureza, tratam de problemas locais e não despertam atenção de revistas de grande impacto, tais como medicina tropical e saúde pública (COURA;WILCOX, 2003, p. 294). Mas também é certo que esse panorama começa a mudar, com a pressão cada vez maior para que os pesquisadores de áreas diversas escrevam seus trabalhos em inglês e busquem publicá-los em revistas influentes, indexadas em grandes bases de dados.…”