“…Os Kaingang de São Paulo, com a exceção de algumas variações de dialeto dentro do tronco linguístico Macro-Jê (D'ANGELIS, 1998), apresentam consideráveis semelhanças com os seus homônimos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Misones (Argentina) (MÉTRAUX, 1946). O seu mundo é simétrico, e, dentro dos seus grupos, dividem-se em metades exógamas e patrilineares (BALDUS, 1937;VEIGA, 2016). Este dualismo é concebido nos mitos de origem, pelas metades Kamé e Kanhru, mantendo uma relação complementar em vários aspetos da vida social, especialmente nos rituais que envolvem a morte (CRÉPEAU, 2002).…”