Este trabalho foca a presença de terrenos tectonoestratigráficos proximais situados no entorno da porção centro norte do Cráton de São Francisco. Há casos onde o embasamento de alto grau destes terrenos estarem em visível continuidade física com o embasamento do cráton. Outras vezes estão separados, e em algumas vezes esta passagem/relação não pode ser vista por estar acobertada por sedimentos fanerozoicos. A hipótese de uma “descratonização” em processo foi levantada. Almeida (1981) que então imaginara um cráton maior, no passado geológico (chamou-o de “Cráton Paramirim”, que sofrera processo de descratonização de suas bordas, com o desgaste lateral (tectônico, erosional) e assim com diminuição drástica de suas dimensões originais . A ideia de destruição cratônica (metacratonização) voltou a ser levantada nos últimos anos (Dantas et al. ,2019), com bons argumentos mas não suficientes. Em todos os casos, a deformação brasiliana está presente e dirigida para o interior do cráton, atingindo-o e também as suas coberturas neoproterozoicas. Os terrenos tectonoestratigráficos são considerados como “nativos” ou pertencentes anteriormente ao craton que avizinham, (de acordo com Kearey & al.,2009) Assim sendo a história de uma metacratonização é parcialmente viável, mas precisa ser discutida em termos de forma, causa e tempo. Nem sempre temos processos e dados claros e indiscutíveis. Neste trabalho vamos considerar três áreas do domínio meridional da Província Borborema : a ) Sudeste o Piauí - Noroeste da Bahia- domínios das faixas de dobramento Rio Preto; b) Norte da Bahia até o lineamento Pernambuco- domínios do Sistema de Dobramentos Riacho do Pontal; c) Nordeste-Leste do Craton , do Lineamento Pernambuco até o paralelo de Aracajú, nos domínios do Sistema de Dobramentos Sergipano. Todas esta áreas foram percorridas mais de uma vez pelos autores, oferecendo-lhes temas chamativos para uma discussão. Problemas existem e serão discutidos à luz do nosso conhecimento atual