Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com professores alfabetizadores acerca da formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, tendo como foco as contribuições e limitações do processo formativo sob a ótica dos participantes. Compreende-se que a formação continuada é um dos principais eixos de ação do programa e se discute os processos formativos direcionados aos docentes em exercício, problematizando suas razões e objetivos. A pesquisa foi realizada com dez professoras alfabetizadoras que participaram do Pacto no ano de 2013, através de entrevistas semiestruturadas. Como resultados, as professoras compreendem e indicam as contribuições do programa para sua prática e para sua formação enquanto alfabetizadoras, e ressaltam o estabelecimento dos Direitos de Aprendizagem como a contribuição mais significativa do programa, auxiliando-as no planejamento das aulas, na seleção dos conteúdos e na compreensão do que deve ser abordado em cada ano do ciclo de alfabetização. Em relação às limitações, citam a superficialidade na abordagem de conteúdos durante a formação; a delimitação do tempo na compreensão de determinados temas e o trabalho realizado pelo responsável pela formação. Deste modo, infere-se que as professoras compreendem que os momentos de formação, como o Pacto, são importantes para suas carreiras e para seu desenvolvimento profissional; no entanto, refletem que estes processos formativos precisam considerar suas necessidades e dificuldades profissionais.