Contato pele a pele e aleitamento materno: experiências de puérperas

Abstract

Objetivo: Descrever as experiências de puérperas quanto ao contato pele a pele com o recém-nascido, realizado na primeira hora de vida e o início do aleitamento materno. Método: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, realizado com abordagem qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida com puérperas no Alojamento Conjunto de um hospital privado. Para a coleta dos dados foi utilizada a técnica de entrevista semiestruturada. As informações foram submetidas à técnica de análise de conteúdo do tipo temática. Resultados: Foram elaboradas duas categorias: Contato pele a pele, na primeira hora de vida e os sentimentos vivenciados e Vivenciando o início do aleitamento materno. Observou-se que o contato pele a pele não fora realizado, conforme preconizado, mas, apesar disso, as participantes consideraram esse momento como importante, para auxiliar no início do aleitamento materno, pois se sentiram mais confiantes. Conclusão: Identificou-se que a instituição ainda utiliza um modelo intervencionista. Dessa forma, esta pesquisa foi relevante, pois poderá contribuir para a reflexão dos profissionais em relação aos cuidados prestados ao binômio mãe-bebê, possibilitando a qualificação das práticas do contato pele a pele e do aleitamento materno na primeira hora de vida.

Participação Da Equipe De Enfermagem Para O Aleitamento Materno: Uma Ação De Educação Em Saúde

“…Segundo a normatização proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é muito importante preconizar o contato pele a pele entre mãe e filho de forma imediata, para estimular o aleitamento materno precoce. Essa aproximação é benéfica, pois pode auxiliar no aumento da duração da amamentação, já que o bebê permanece em estado de alerta na primeira hora de vida 7 .…”

A prática do contato pele a pele: uma observação participante / The practice of skin-to-skin contact: a participating observation

“…Logo, menos de 50% dos partos tiveram o CPP em tempo recomendado, porém valorizamos dois (9,09%) que apesar de interrompidos e não serem considerados CPP pelo POP da instituição, foram retomados e mantidos por uma hora em contato, conforme define a OMS (18) . Diferentemente de estudo publicado recentemente (9) em que a média de duração do CPP foi de 30 minutos, e somente 9,7% das mães puderam realizar o CPP por mais que esse tempo ou até finalizar a primeira mamada.…”

“…Em um parto em que a mãe foi orientada sobre a importância da realização do CPP na primeira hora de vida, quando uma acadêmica perguntou se já havia pesado o RN, a mãe respondeu que tinha que cumprir a primeira hora de vida em CPP. Em três É frequente a afirmação das mulheres que somente receberam orientações referentes ao CPP já no centro obstétrico sendo que poucas tiveram oportunidade de discutir essa ação recomendada em pré-natal (4) , e somente duas receberam orientações referentes ao CPP e amamentação nas consultas (9) . Isso reforça a necessidade de abordagem com orientações desde o pré-natal e a baixa adesão ao CPP é retrato de toda a equipe multiprofissional (5,(19)(20).…”

“…Os profissionais da enfermagem incluindo o enfermeiro com aporte de conhecimento pode favorecer o contato entre mãe-bebê, que é de extrema importância para o binômio, auxiliando a mãe no estabelecimento do vínculo, afeto, interação e aumento da segurança materna no cuidado ao neonato. É necessário definir, implementar protocolos para a assistência na sala de parto e promover cursos de atualização para todos os profissionais desse ambiente (9,23) .…”

“…Por outro lado, realizar mecanicamente o CPP, sem antes preparar a mãe apresentando os benefícios do método, ou não questionar sua permissão para realização do mesmo, não é a forma mais indicada para tal (8) . Apesar de todas as recomendações no Brasil a prática do CPP ainda é pouco executada ou é realizada de forma incorreta refletindo na qualidade dos serviços materno-infantis, sendo necessário os profissionais conhecerem seus benefícios e executarem conforme recomendado, para melhorias dos serviços e indicadores de qualidade assistencial monitorados (8)(9) .…”