O presente estudo investigou o conhecimento de acadêmicos de diferentes cursos da área da saúde (Educação Física, Enfermagem, Estética e Cosmética, Medicina, Farmácia, Nutrição e Fisioterapia) sobre o Bisfenol A (BPA) e os potenciais riscos à saúde por meio da sua utilização no cotidiano. Foi utilizado um questionário adaptado, onde foram coletadas informações sobre hábitos de consumo e conhecimento sobre o BPA. Os resultados indicaram que a maioria dos entrevistados tinha pouco ou nenhum conhecimento sobre o composto, com exceção do curso de Nutrição, no qual a grande maioria (58,3%) demonstrou ter conhecimento. Com relação ao armazenamento de alimentos, em embalagens de vidro ou plásticos trazer risco para a saúde, maior percentual de alunos do curso de Fisioterapia (33%) disse não fazer diferença, enquanto para Educação Física (100%) acredita haver diferença. Sobre embalagens plásticas e a contaminação dos alimentos, mais uma vez no curso de Fisioterapia (38,9%) maior percentual respondeu não acreditar em contaminação, enquanto 10,4% e 11,7%, nutrição e medicina respectivamente, achavam que não há essa possibilidade. Portanto, destaca-se a necessidade de educação e conscientização sobre os riscos do BPA para promover mudanças nos padrões de consumo e comportamento do consumidor, visando à proteção da saúde pública. Conclui-se que avaliar o conhecimento dos acadêmicos dos cursos da área da saúde sobre o BPA é essencial, de forma a obter subsídio para orientação sobre o uso seguro de produtos contendo esse composto e impulsionar a adoção de alternativas mais seguras pela indústria.