Consumo de micronutrientes em idosos hospitalizados / Micronutrients consumption in hospitalized elderldy

Abstract

Durante o processo de envelhecimento ocorre uma série de mudanças fisiológicas, que podem influenciar no consumo alimentar dessa população, tais como: alteração no paladar, perda da capacidade funcional, bem como, aspectos psicológicos e sociais. Considera-se que a ingestão adequada de micronutrientes está associada a melhora da resposta imune e a prevenção de doenças, contribuindo assim para qualidade de vida da pessoa idosa. Avaliar o consumo alimentar de micronutrientes de idosos hospitalizados. Estudo transversal realizado com idosos, de ambos os sexos, internados na clínica médica de um hospital universitário em João Pessoa-PB, no período de agosto a outubro de 2021. Foram coletados dados clínicos, demográficos e antropométricos. Como instrumento de triagem foi utilizado a Mini avaliação nutricional (MAN), para a avaliação nutricional foram utilizados os indicadores índice de massa corporal, circunferência do braço e cincurferência da panturilha. Para avaliar o consumo alimentar aplicou-se o recordatório alimentar de 24 horas. Após a coleta, os dados foram tabulados em planilha do Software Microsoft Excel, utilizou-se técnicas de estatística descritiva e inferencial. Foi aplicado o teste qui-quadrado e t de Student, considerando diferença estatística quando o valor de p < 0,05. A amostra foi composta por 30 idosos, dos quais 56,6%, eram do sexo masculino, 65,4% apresentaram risco nutricional, segundo a MAN. Observou-se que houve prevalência de eutrofia (42,9%) seguida de baixo peso (32,1%). Quanto ao consumo de micronutrientes, observou-se que a ingestão média de cálcio, potássio, vitaminas D, E e B9 apresentaram-se abaixo do recomendado. Em contrapartida, o consumo médio de ferro, sódio, selênio, fósforo, vitaminas B1, B2 e B3 mostrou-se acima do recomendado, no entanto não ultrapassou o nível máximo de ingestão tolerável. Evidenciou-se algumas inadequações alimentares que podem ser revertidas com o estímulo à ingestão de alimentos ricos em nutrientes específicos, como vitaminas e minerais, e que assim, poderá haver uma melhor resposta ao tratamento clínico dos indivíduos.