Consumo de Meropenem na Unidade de Terapia Intensiva adulta de um Hospital Escola na Região Noroeste do Paraná / Consumption of Meropenem in the adult Intensive Care Unit of a School Hospital in the Northwest Region of Paraná

Abstract

O desenvolvimento de medicamentos ao longo do tempo tem evoluído cada vez mais conforme novos microrganismos sofrem mutações e se tornam cada vez mais resistentes a ponto de hidrolisar anéis β-lactâmicos dos antimicrobianos, contudo pacientes em estado de isolamento necessitam de atenção e medidas de controle para evitar a disseminação e surtos no ambiente hospitalar, com isso o objetivo do trabalho é verificar o consumo de Meropenem (ME) na Unidade de Terapia Intensiva Adulta de um Hospital Escola da Região Noroeste do Paraná. Foram incluídos no estudo pacientes de ambos os sexos e de todas as faixas etárias internados na UTI adulta no hospital onde o estudo foi realizado no período de dezembro de 2020 a maio de 2021. Os dados foram obtidos através do sistema hospitalar GHOSP, compilados e analisados em uma planilha eletrônica no software Microsoft Office Professional Plus 2019. Durante o período avaliado foram consumidos 383 frascos de ME 1G, onde foram avaliados pacientes de ambos os sexos totalizando 15 pacientes com uma variação de idade de 27 a 85 anos, com uma média de 58,4 e com desvio padrão (DP) de ±16,71, onde 80% eram homens representando um consumo de 306,4 frascos de antimicrobiano estudado, os outros 20% corresponde as mulheres que representaram 76,6 frascos consumidos. As bactérias isoladas com maior frequência nos pacientes foram Klebsiella pneumoniae e Klebsiella aerogenes respectivamente, no entanto ambas espécies apresentaram sensibilidade ao ME. Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii foram identificadas apenas um paciente cada espécie, porém ambas demonstraram resistência ao carbapenêmico estudado. Nem todos pacientes que utilizaram ME durante a internação tiveram culturas positivas, mas naqueles que apresentaram microrganismos em algum sítio biológico, tiveram um consumo maior de ME. O conjunto de resultados demonstra que houve um consumo regular de ME na UTI estudada, mas que nem todos os pacientes que fizeram uso do antimicrobiano durante a internação tinham resultado positivo para bactérias nas culturas microbiológicas.