Introdução O comportamento contraceptivo na juventude apresenta uma dinâmica própria, em que o perfil de uso de métodos anticoncepcionais modificase conforme o tipo de relacionamento afetivoamoroso estabelecido entre os parceiros, ou seja, se é eventual, recente ou estável 1,2,3 . No que concerne especificamente a jovens altamente escolarizados, entre os quais, supostamente, informação e acesso aos métodos contraceptivos não seriam problema, Pirotta & Schor 1 observaram que a prática contraceptiva de universitários no Município de São Paulo era marcada tanto pela alta freqüência de uso de métodos contraceptivos, embora nem sempre de forma consistente, quanto pela tendência de substituição do preservativo masculino pela pílula oral. Neste caso, verificou-se paralelamente, ao longo dos relacionamentos, o uso esporádico de métodos considerados de baixa eficácia, como tabelinha e coito interrompido.Este estudo toma como hipótese que é justamente nesses momentos de inconsistências nas práticas contraceptivas, como na substituição de métodos contraceptivos dentro de um mesmo relacionamento ou no início de outro, que a anticoncepção de emergência -foco deste trabalho -é adotada como uma opção para a prevenção de uma gravidez não planejada, e não somente em situações de emergência, como recomendado pelo Ministério da Saúde 4 , espe-ARTIGO ARTICLE