Conhecimento em Redes Organizacionais: um estudo qualitativo na Serra Gaúcha

Abstract

RESUMOA eficiência produtiva e a qualidade dos produtos e serviços são as metas das organizações para a sua sobrevivência e competitividade. Neste sentido, uma das alternativas encontradas pelas pequenas e médias empresas é aderir a uma nova forma de se organizar. As empresas que se articulam em rede possuem a intuito de aliar interesses em comum, ou resolver uma dificuldade complexa ou ainda ampliar o alcance de suas ações. Assim, o objetivo deste artigo procura compreender quais os fatores relevantes para a disseminação do conhecimento nas organizações em Rede. Para tal, adotou-se uma abordagem qualitativa com a técnica de análise de conteúdo, onde foram analisados os conteúdos extraídos por meio da técnica de entrevistas semiestruturadas realizadas com atores de quatro redes de cooperação de segmentos distintos: alimentação, vitivinícola, matrizes industriais e flores, situadas em uma cidade na Serra Gaúcha. O resultado evidenciou que a interação dos atores destas redes proporcionou a disseminação, criação e uso do conhecimento adquirido por meio da troca de experiências. Palavras-chave:Redes de cooperação; Conhecimento; Estudo qualitativo. INTRODUÇÃOOrganizações formatadas pelo conceito de Redes são expressas, neste trabalho, com sendo uma estrutura organizacional formada por um conjunto de atores que se articulam com a intenção de aliar interesses em comum, resolver um problema complexo ou amplificar os resultados de uma ação, e consideram que não podem alcançar objetivos de forma isolada. Nas Redes, os atores estabelecem relações de cooperação sobre a competição, assim como os atores reconhecem e avaliam de forma positiva a sua interdependência e ao mesmo tempo mantêm sua autonomia (CAVALCANTI, 1998).Encarar o conhecimento como um novo pilar da sociedade é um desafio para as organizações que possuem suas raízes no modelo Tayloriano, que entendem que a empresa é uma máquina de processamento de informações. Esta visão trabalha o conhecimento explícito, ou seja, expresso em palavras, formas, números, dados, princípios universais. Porém as empresas japonesas possuem um entendimento mais amplo. Elas compreendem que o conhecimento é composto de parte explícita e tácita. Ou seja, parte tácita é altamente pessoal, dificultando a transmissão, formalização e compartilhamento; centrada na vivência do indivíduo, nas suas emoções e valores (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).Para este artigo o objetivo procura compreender quais os fatores relevantes para a disseminação do conhecimento nas organizações em Rede. E para isso, o artigo apresenta-se com a seguinte sequência: introdução, referencial teórico contendo conhecimento e redes de cooperação; procedimentos metodológicos, a análise dos dados e as considerações finais.