Conhecimento Dos Profissionais Da Saúde Sobre O Diagnóstico E Conduta Para Anquiloglossia Em Bebês

Abstract

O estudo avaliou o conhecimento de profissionais da área de saúde, sobre o diagnóstico e conduta clínica para o tratamento da anquiloglossia em bebês. A amostra (n=84) foi dividida em: G1 (46 médicos da ESF); G2 (13 pediatras); G3 (5 fonoaudiólogas) e G4 (20 dentistas da ESF), que responderam ao questionário (dados pessoais e aplicação do protocolo de avaliação do freio lingual, preconizado por Martinelli et al. (2012)6. Um total de 21 profissionais responderam adequadamente o questionário sendo estes 66,6% do gênero feminino, com idade média de 46,4±12,5 anos de modo que 80,9% já receberam pacientes com queixa de anquiloglossia. Quanto à obrigatoriedade do teste da linguinha constatou-se que o Grupo 1 apresentou menor grau de informação (57,1%) comparado ao Grupo 4 (21,4%), no entanto 57,1% dos profissionais avaliados não o fazem rotineiramente. Referente ao protocolo, nos itens 1, 2 e 3, três profissionais (14,2%) assinalaram figuras com diagnóstico correto (G1 e G3); em relação ao item 4, dez profissionais (47,6%) pontuaram corretamente. Conclui-se que houve grande desconhecimento quanto à obrigatoriedade do teste da linguinha e dificuldade no correto diagnóstico de anquiloglossia em bebês.

Indicações Terapêuticas para freio lingual em recém-nascidos – Protocolo/Teste da Linguinha: Revisão de Literatura / Therapeutic indications for tongue frenulum in newborns – Protocol/TongueTest: Literature Review

“…O teste da linguinha foi criado com o intuito de padronizar por meio de uma classificação o diagnóstico da anquiloglossia, justamente pelas diversas controvérsias existentes na forma de nomear, avaliar e classificar o freio lingual alterado (MARCHESAN, 2010). Contudo, ainda assim a sua correta avaliação e padronização de protocolos é motivo de muita discussão na literatura, visto que há divergência de opiniões em relação a sua utilização e eficácia (NASCIMENTO et al, 2015;PINTO et al, 2019) Segundo Arruda e seus colaboradores (2019), mencionam que é relevante o resultado da frenotomia em neonatos com problemas na amamentação, e em casos que se percebe problemas funcionais que refletem no movimento da língua, aí sim a frenectomia é indicada. Já Junqueira (2014), acredita que a técnica mais indicada tanto para bebês quanto crianças seria a frenectomia, devido a sua execução rápida e simples.…”

“…A literatura menciona uma relativa controvérsia a respeito do correto diagnóstico da anquiloglossia, além de problemas para estabelecimento de um protocolo eficaz e de fácil aplicação para os profissionais da saúde (PINTO et al, 2019).…”

“…O diagnóstico pode ser direcionado por diversos especialistas, como médicos, cirurgião dentista/odontopediatra e fonoaudiólogo (PINTO et al, 2019). O mesmo deve estar capacitado para saber identificar as variações anatômicas bem como ter um conhecimento sobre a anatomia lingual e assoalho da boca, reconhecendo possíveis alterações que venham a comprometer as funções orais (MARTINELLI et al, 2012).…”

“…Para alguns profissionais, tais alterações devem ser identificadas precocemente logo após o nascimento do bebê, refletindo na qualidade de amamentação do neonato, evitando queixas relatadas pela mãe como dor durante a amamentação (PENHA et al, 2018;PINTO et al, 2019). Entretanto, para outros o seu diagnóstico deve ser realizado após os 5 anos de idade da criança (MARTINELLI et al, 2014).…”

Anquiloglossia E Frenectomia: Uma Revisão De Literatura/Ankyloglossis and Frenectomy: A Literature Review

“…A correta classificação da anquiloglossia é empregada de acordo com os aspectos anatômicos do frênulo lingual, podendo ser dividida em três classes: Curto -quando seu comprimento é menor que o padrão; Anteriorizado -quando se encontra posicionado muito próximo ao ápice da língua; Curto e Anteriorizado -apresentando as duas características descritas anteriormente (PINTO et al, 2019). O profissional deve, através do exame clínico e diagnóstico precoce, estabelecer o melhor plano de tratamento para o paciente.…”