Ao longo de décadas a Amazônia enfrenta formas variadas de saques, violações e espoliação, fenômenos que se intensificaram com o avanço do capital. Mediante a lógica capitalista, é vista apenas como recurso e fonte inesgotável de riquezas. Suas particularidades e sua sociobiodiversidade são desconsideradas e, muitas vezes, negadas. Esta pesquisa se caracteriza como exploratória, com abordagem quali-quantitativa, os procedimentos utilizados consistiram em levantamento e análise bibliográfica, documental e pesquisa de campo. O objetivo deste estudo é analisar como os estudantes do 8º do Ensino Fundamental de uma escola pública, localizada no norte do estado de Mato Grosso, percebem a Amazônia no contexto da Geografia Escolar. Parte dos resultados revelou que a maioria dos participantes identifica a Amazônia como uma “floresta”, habitada apenas por “índios e animais”, cuja manutenção é muito importante para a produção de oxigênio. Sobre a localização, muitos discentes responderam que a Amazônia fica no estado do Amazonas, portanto, não se identificam como amazônida. A situação é preocupante, pois esses alunos desconhecem a temática proposta e ocorre uma negativa voluntária ou involuntária da Amazônia em suas vidas, fato que pode colaborar para o descaso, a desconsideração e o desinteresse da sociedade no tocante à realidade socioambiental da maior floresta tropical do planeta.