“…De modo geral, os resultados encontrados neste estudo parecem sugerir que a escola não tem investido na aprendizagem da compreensão entendida como diálogo e como integração de informações e que, de acordo com os pesquisadores da EJA (Di Pierro, Orlando, & Masagão, 2001), essa modalidade não tem priorizado e valorizado os saberes particulares dos estudantes. Tais resultados levam a concordar com a observação feita por Ferreira et al (2018), para quem a escola não tem garantido efetivamente o desenvolvimento da capacidade de geração de inferências elaboradas, o que só é possível por meio da valorização da reflexão e da reconstrução do conhecimento. Pelo contrário, ainda de acordo com essas autoras, perpetua-se no âmbito das escolas a prática da leitura reprodutiva, passiva e acrítica, interditando o desenvolvimento de cidadãos mais potentes em termos das possibilidades inerentes a um domínio satisfatório da linguagem escrita.…”