“…Deste modo, cabe problematizar também quais as diferenças desse tipo de comunicação populista para aquela típica de campanhas eleitorais, dado que, neste último caso, é igualmente necessária a diferenciação entre os candidatos que, por vezes, utilizam a oposição nós x eles para se estabelecerem como a melhor opção de voto, além de criticarem seus opositores com diferentes estratégias, entre elas a transformação dos "adversários" em inimigos do país 3 . Além disso, a evocação do povo, a mobilização de emoções e as chamadas "mensagens simplistas", sem discussão aprofundada sobre os problemas sociais, são recursos frequentemente observados nas campanhas, assim como a exaltação de atributos pessoais dos candidatos, conforme registrado por diversos estudos da comunicação política e, em especial, sobre e-campanhas (Braga e Carlomagno, 2018;Bachini et al, 2022).…”