Comportamento da função pulmonar, força muscular respiratória e qualidade de vida em pacientes submetidos às toracotomias eletivas

Abstract

There was significant reduction in lung function and respiratory muscle strength, which returned to baseline within 30 days after surgery. There was a decrease in quality of life that persisted for up to 60 days after the operation.

Avaliação pré-operatória da força muscular respiratória, da função pulmonar e da capacidade funcional de pacientes submetidos a ressecção pulmonar

“…Diversos estudos demonstram que a cirurgia de ressecção pulmonar gera impacto na função pulmonar e na capacidade ao exercício [5][6][7] , podendo não ser recuperada em longo prazo, como demonstra o estudo de Win et al 5 , no qual foi observada uma redução da função pulmonar e na distância percorrida no shuttle walk test no pós-operatório de ressecção pulmonar, permanecendo tal redução em até seis meses após a cirurgia, sendo ainda maior nas pneumectomias.…”

“…Desse modo, existe evidência de que a ressecção pulmonar gera deterioração da função pulmonar e da capacidade ao exercício [5][6][7][8] . Nesse sentido, a neoplasia pulmonar por si só pode causar prejuízos na função pulmonar e na capacidade funcional 4 ; caso esse prejuízo já exista no período pré-operatório, o paciente deve ser foco de atenção do fisioterapeuta para o tratamento direcionado e a redução dos riscos pós-cirúrgicos.…”

Inspirômetro de incentivo no pós-operatório de cirurgia torácica: uma revisão sistemática

“…No pós-operatório de cirurgias torácicas, a redução na função pulmonar pode estar associada às mudanças do padrão ventilatório, a retenção de CO 2 , a redução da pressão arterial de O 2 e ao comprometimento dos mecanismos de defesa pulmonar, podendo evoluir para CPPs 23 . Entre as complicações mais frequentes encontram-se atelectasias, pneumonias, insuficiência respiratória, enfisema subcutâneo e escapamento de ar prolongado 24 .…”

“…As CPPs, além de contribuírem de maneira significativa para as morbidades e mortalidade peri-operatória, acabam por aumentar também o tempo de internação hospitalar e elevar os custos hospitalares 22 . A permanência hospitalar é um desfecho a ser considerado, visto que o prolongamento da internação leva, geralmente, a um comprometimento da capacidade funcional, com consequentes mudanças na qualidade de vida dos pacientes 23 . Dois estudos 15,17 incluídos na presente revisão bibliográfica não observaram redução do tempo de internação hospitalar após sessões de fisioterapia associada ao uso do inspirometria de incentivo, corroborando com os achados do estudo de Vilaplana et al 25 .…”

“…Em contrapartida, apenas um estudo 16 concluiu que o uso da inspirometria de incentivo foi um recurso que, quando aliado ao TMI, foi capaz de melhorar a função pulmonar de forma significativa, havendo um incremento do valor do VEF1 e da CVF após a cirurgia. Contudo, esse resultado é passível de ser questionado, pois a inspirometria de incentivo foi utilizada em conjunto com o TMI, sendo descrito na literatura 23 que o treinamento da musculatura ventilatória age positivamente sobre a função respiratória. Assim, o fato do uso combinado das duas técnicas dificulta observar o efeito isolado da inspirometria de incentivo sobre a função pulmonar.…”