Competência da enfermeira no cuidado pré-natal: potencialidades, entraves e possibilidades

Abstract

Objetivo: Identificar potencialidades, entraves e possibilidades, quanto ao cuidado pré-natal com competência. Método: Revisão integrativa realizada, em junho de 2018, em cinco bases de dados de amplo acesso na área da saúde, combinaram-se descritores e termos relativos à temática. Incluíram-se artigos originais, disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, espanhol ou português, sem delimitação temporal. Resultados: Foram incluídos 20 estudos, 55% de abordagem quantitativa, e 20% apresentam a definição de competência utilizada. A escuta ativa, vínculo e orientações em saúde são potencialidades apontadas por gestantes e enfermeiras; déficit de conhecimento e habilidade, alta rotatividade de profissionais, metas quantitativas e excesso de trabalho burocrático foram alguns entraves destacados; e educação permanente, feedback da população e maior articulação serviço, ensino e associações de classe constituem-se em algumas possibilidades para desenvolvimento de competência no cuidado prénatal. Considerações finais: Para aperfeiçoar o cuidado prestado, exige-se um esforço coletivo, tanto pessoal como em equipe, das instituições de serviço, ensino e classe, para que a formação desenvolva a competência profissional e, em serviço, essa se perpetue direcionada à responder as necessidades de saúde das gestantes.

Percepção das gestantes quanto ao atendimento da equipe de enfermagem no pré-natal de alto risco

“…Esse tempo de espera está diretamente relacionado ao desenvolvimento do sentimento de respeito e confiança por parte das gestantes, quando atendidas dentro do tempo de expectativa. [24][25][26] No entanto, elas relatam não receber a mesma as desigualdades sociais em saúde. É fundamental promover discussões sobre direitos, cidadania e equidade.…”

Strengthening nurses in prenatal care through reflection-action

“…The culture of medicalization strongly ingrained in the population and among some members of the health care team, bureaucracy, and verticalized management determinations conform to the reproduction of this model to the extent that they do not benefit assistance, qualified listening, and humanized care in the health practice (16) , all of which were pointed out as potentialities for prenatal care with competence. In contrast, the lack of knowledge and skill of the nurses, high turnover, which makes it difficult to form a bond with users and coordinate work with the team, evaluations of production based on quantitative goals, and an excess of bureaucratic work hinder the provision of prenatal care with competence (17) .…”

“…In this regard, there is a continuous need for quality education and competent health workers (1) , since the development of competence is influenced by a triad of factors, in which the professional's interest in learning converge; a work environment that encourages learning; and an available training system (9) . Moreover, permanent education, acceptance of user feedback, and greater integration between care services, teaching, and class associations can support the development of competence in prenatal care (17) .…”

“…The local involvement and coordination of educational institutions and health services are needed to strengthen nursing through the development of competence and enable nurses as the protagonists of care; moreover, investments in the workforce and valorization of nursing professionals, improved training, and, above all, collective and participative work within and among organizations are required to achieve the desired advances for the profession (5,17).…”