Comparação dos perfis bioquímicos e hematológicos de pacientes com COVID-19 em seus diferentes desfechos: alta hospitalar e óbito

Abstract

Introdução: O vírus causador da COVID-19, SARS-CoV-2, apresenta como principal foco de comprometimento o trato respiratório, ainda hoje com muitos pacientes evoluindo para a forma mais grave. Por isso, deve-se identificar precocemente sinais e sintomas da COVID-19, além de possíveis fatores de risco e sinais de mau prognóstico envolvidos na progressão da doença. Objetivo: Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo avaliar exames bioquímicos, hematológicos e de coagulação em pacientes diagnosticados com a COVID-19, a fim de identificar um padrão de prognóstico para os desfechos de alta hospitalar e óbito a partir de um compilado de dados descritivos de um repositório público. Metodologia: dados de pacientes atendidos entre 26 de fevereiro e 27 de junho de 2020 no Hospital Sírio-Libanês, disponibilizado por um repositório público, foram divididos em duas categorias para análises. Foram analisados os dados demográficos (gênero, idade e cidade onde o paciente reside) e dados clínicos/laboratoriais (resultados de exames), incluindo o desfecho (alta ou óbito). Resultados: Idade mais avançada e gênero masculino foram mais associados com o desfecho de óbito. Dímero-D e glicemia foram mais altas no grupo óbito, enquanto a TFG apresentou piora em ambos os grupos e TTPA, bilirrubina total, creatinina sérica, glicemia, dímero-D e PCR aumentaram no desfecho apenas dos pacientes que vieram à óbito, tendo esse último reduzido no grupo “alta hospitalar”. Além disso, houve menores índices de hemoglobina, eritrócitos e hematócrito, plaquetas e linfócitos, assim como aumento de leucócitos, neutrófilos e basófilos no grupo de pacientes que evoluiu para óbito. Conclusão: As variações encontradas nos parâmetros bioquímicos sugerem especialmente que a hiperglicemia está associada a casos mais graves, enquanto a análise de inflamação confirma pela PCR que esta condição foi mais exacerbada nos pacientes que morreram. Na análise de coagulação, o aumento do dímero-D foi associado a quadros mais graves e, nos hematológicos, os resultados refletem maior risco de anemia e resposta inflamatória sistêmica.

Effects of a multi-professional intervention on body composition, physical fitness and biochemical markers in overweight COVID-19 survivors: a clinical trial

“…Regarding health-related physical fitness tests, significant improvements were observed in the 30-s chair-stand test for the severe and moderate COVID-19 groups and control group after 8 weeks of intervention, independent of changes in anthropometric and body composition differences, corroborating the findings of Li et al ( Li et al, 2021 ) and Dalbosco-Salas et al ( Dalbosco-Salas et al, 2021 ) after 6 and 9 weeks of tele-exercises, respectively, posthospital discharge for COVID-19. The lack of significant differences in anthropometric and body composition was explained by a lockdown, in which people could not move freely and, consequently, spent low energy ( Silva et al, 2022 ). It is worth mentioning that the participants needed sufficient intra- and inter-coordination to perform the exercises correctly and overcome inflammation (measured via CRP).…”

Machine Learning for Affordable Diagnosis of SARS-COV-2 from Hematological and Biochemical Tests

“…Currently, machine learning has been an important tool to help doctors diagnose various diseases [33,34], including COVID-19 [35][36][37]. Studies have made use of this technology to detect COVID-19, either through images such as x-rays or CT scans, or through laboratory tests [38][39][40], since many clinical studies have shown hematological changes in infected patients [41][42][43][44]. While others focus on analyzing how these parameters vary throughout the course of the disease and their relationship with more serious clinical outcomes [45][46][47].…”

Alterações metabólicas associadas à COVID-19 em pacientes internados na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário

“…Ratificando os dados apresentados, Silva et al (2022) comparou os perfis bioquímicos e hematológicos de pacientes com COVID-19 e encontrou valores de glicose elevados nos pacientes que tiveram alta hospitalar, mas mais ainda superiores no grupo que foi ao óbito. Analogamente, Chen et al (2021) destacou a necessidade do monitoramento glicêmico em pacientes acometidos por SARS-CoV-2, tendo em vista que a associação do vírus com a hiperglicemia aumenta as chances de piora clínica.…”

“…No contexto do aumento das taxas leucocitárias, ambos os grupos que tiveram o desfecho clínico para o óbito (masculino e feminino) apresentaram valores mais elevados em relação aos grupos que tiveram desfecho clínico para alta hospitalar. Além disso, ao comparar os parâmetros laboratoriais do momento da admissão ao desfecho clínico, os grupos que foram ao óbito demonstraram, com o decurso do tempo, o aumento dos valores dos parâmetros, condição não evidenciada nos grupos que evoluíram para alta hospitalar.Foi possível corroborar os dados de hemoglobina e leucócitos com o estudode Silva et al (2022), no qual, ao realizarse a comparação dos perfis bioquímicos e hematológicos de pacientes com COVID-19 em seus diferentes desfechos (alta hospitalar e óbito), notou-se a hemoglobina reduzida e os leucócitos aumentados na amostra que evoluiu para o óbito. Vale ressaltar, ainda, a conclusão desse estudo, a qual discorreu que as variações encontradas nos parâmetros bioquímicos e hematológicos são constantes em pacientes com coronavírus, sobretudo nos que evoluíram para o óbito.…”