Comparação da saúde mental dos acadêmicos de medicina do primeiro e quarto ano de uma instituição de ensino superior no Rio de Janeiro / Comparison of the mental health of medical schools in the first and fourth year of a higher education institution in Rio de Janeiro

Abstract

O primeiro ano da Faculdade de Medicina é marcado por uma euforia de ter conseguido passar numa seleção competitiva pelos jovens, na idealização de um sonho de criança ou de uma expectativa familiar. O quarto ano diferencia pelo peso da responsabilidade uma vez que estão indo para o internato. É percebido que durante o período de formação, os estudantes de Medicina enfrentam a dualidade entre a realização pessoal, por iniciarem a formação médica, frustração por viverem, ao mesmo tempo, um período desafiador, bastante relacionado a transtornos como estresse, ansiedade e depressão. A questão que buscou-se responder foi sobre a que vulnerabilidades estão sujeitos os ingressantes na formação médica? Neste sentido, esta pesquisa teve como objetivo comparar a saúde mental dos alunos no primeiro ano da faculdade com os alunos do quarto ano, quando já estão ingressando no internato. Materiais e métodos: A pesquisa investigou a ocorrência de transtornos mentais em alunos de Medicina, dentre os quais foram comparados alunos do primeiro (primeiro e segundo períodos) e quarto (sétimo e oitavo períodos) anos da faculdade. Foi realizado um estudo transversal, cujo método para análise de investigação foi um questionário composto por 34 questões, aplicado através de um formulário online. Para isso, os participantes concordaram com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antecedendo as respostas do questionário. Resultados e Discussão: Os resultados evidenciaram indícios de transtornos mentais tanto em alunos do primeiro ano (podendo ser causados por grandes expectativas, ansiedade, ruptura entre o modelo do Ensino Médio e Ensino Superior), quanto em alunos do quarto ano (ocasionados pela proximidade da saída da graduação e início de vivência em ambiente profissional, ter que lidar com o paciente mais diretamente). Conclusão: Vê-se que o apoio psicológico ao estudante de Medicina é imprescindível para a manutenção de qualidade de vida e bem estar, visto que os desafios e dificuldades enfrentados são inúmeros e a relação entre transtornos mentais e a graduação de Medicina são comprovados através de pesquisas. Os pesquisadores assumem o viés construído nos resultados uma vez que este estudo é