Comorbidades e riscos à mortalidade dos idosos pós-cirurgia de fratura de quadril: uma revisão integrativa da literatura

Abstract

Objetivo: Realizar um levantamento na literatura para determina os efeitos das comorbidades na recuperação dos idosos pós-cirurgia de fratura de quadril e os riscos à mortalidade deste paciente. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de abordagem qualitativa. Realizada nas seguintes bases de dados LILACS, MEDLINE, SCIELO e PUBMED, utilizando-se dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (decs): Quedas; Idosos; Fraturas do quadril; Comorbidade e Mortalidade. Resultados: Na análise dos estudos verificou-se que a maior frequência de quedas e fraturas de quadril está entre as mulheres idosas, sendo que o período pós-cirúrgico está relacionado ao surgimento de comorbidades referentes com o déficit nas funções física, dor corporal e medo de novas quedas. Pacientes que permanecem por mais tempo internados após a cirurgia possuem maior chance ao aparecimento de comorbidades, comprometendo sua recuperação, e assim, proporcionando maiores riscos a mortalidade prematura do idoso. Considerações Finais: Os pacientes com fraturas do quadril e que apresentam comorbidades no pós-cirúrgico, estão predispostos a intercorrências clínicas e têm uma taxa de mortalidade elevada. Neste sentido, existe a necessidade de se elaborar ações que garanta a proteção e a recuperação deste idoso, de forma a diminuir os riscos a mortalidade após fratura de quadril.

Fatores associados à incidência de fraturas de fêmur nos idosos

“…A cerca do período de tempo entre o diagnóstico de fratura e a realização do procedimento cirúrgico, alguns autores destacam que o tempo ideal pode variar entre 24 e 48 horas (Sousa et al, 2020;Farias et al, 2018). No presente estudo o período com maior incidência foi de 16 a 30 dias, resultado este que não corrobora com outros estudos, nos quais o maior índice de tempo estimado foi de até 15 dias entre a fratura e cirurgia (Edelmulth et al, 2018;Guerra et al, 2017).…”

“…Quanto às causas relacionadas às fraturas de fêmur nos idosos, as quedas de própria altura foram as mais incidentes com 67,9%, sendo mais vista entre as mulheres (71,4%) resultado que corrobora com o estudo de Bittar et al (2018) realizado com idosos atendidos em um serviço de Ortopedia e Traumatologia de um hospital de Curitiba. Além disso, estudos apontaram a maior expectativa de vida, maior exposição a fatores de risco, o declínio da densidade mineral óssea mais acelerado após a menopausa e consequentemente a osteoporose, o índice de massa corporal e fatores genéticos como possíveis fatores ou hipóteses para o predomínio deste achado no gênero feminino (Sousa et al, 2020;Edelmulth et al, 2018).…”