“…Sua obra literária, designada por Bourbonnais (1993) como sendo semi-autobiográfica, uma vez que toda obra da autora provém da união de ficção com fatos e memórias de vida, abrange títulos como Claudine à l'école (1900), Claudine s 'en va (1903), La vagabonde (1910), Chéri (1920), Sido (1929) O estilo da escrita de Colette, conforme Bourbonnais (1993), que também o qualifica como luxuoso, é permeado, sobretudo, pela intertextualidade e por alusões literárias, frutos de uma infância dividida entre os prazeres infantis e as horas que passava no campo ou cercada pelos livros da biblioteca de seus pais. Elementos autobiográficos combinados com o estudo dos modos e costumes sociais da época, mesclados às paisagens da Bourgogne e da Provence, às memórias de infância, tudo descrito de maneira a exprimir sensações frescas e novas; os objetos, em Colette, não são somente nomeados, mas ressuscitados (LAGARDE; MICHARD, 1973).…”