Introdução: Apesar dos avanços no âmbito da saúde, o câncer na região de cabeça e pescoço continua sendo um problema de saúde pública, e possui existência de 600 mil novos casos por ano no mundo. Objetivo: Avaliar, no Rio Grande do Norte (RN), registros de mortalidade e procedimentos de diagnóstico e cirúrgicos voltados para o câncer de cabeça e pescoço. Método: Estudo exploratório, descritivo e inferencial, com dados secundários disponíveis. Foi analisada proporção de procedimentos de diagnóstico e cirúrgicos na região de cabeça e pescoço no RN, entre 2010-2019. Resultados: A mesorregião Leste Potiguar (LP) foi a que apresentou as maiores frequências absolutas em relação a biópsias e procedimentos cirúrgicos, tendo como destaque a capital Natal para os maiores valores. Em relação às biópsias de tecidos moles da boca, LP também apresentou maior proporção (n=586;56,6%). As regiões anatômicas da tireóide e paratireóide foram as mais representativas (n=3.467;75,9%), seguida da região de tecidos moles da boca (n=919;20,1%). O procedimento cirúrgico mais registrado foi tireoidectomia total. A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes foi mais representativa nas mesorregiões com maiores temperaturas e atividades rurais (Central e Oeste Potiguar). Conclusão: Os procedimentos com finalidade diagnóstica foram díspares quando comparados aos de remoção cirúrgica da lesão no mesmo sítio de diagnóstico. A mesorregião mais desenvolvida e de maior densidade populacional (Leste Potiguar) apresentou maiores registros de procedimentos de diagnóstico para o câncer de cabeça e pescoço e menor taxa de mortalidade.