O tratamento de água para consumo humano pode ser efetuado por diferentes métodos, com predomínio do tratamento por ciclo completo em regiões urbanizadas. A filtração lenta, tecnologia de baixo custo e facilidade operacional, é uma alternativa ao ciclo completo em comunidades rurais ou isoladas, desde que o manancial apresente os requisitos de qualidade necessários, em especial, turbidez < 10 UNT. Este trabalho teve como objetivo avaliar e comparar a remoção de cor aparente e turbidez de água sintética em três filtros lentos de areia distintos, com e sem proteína imobilizada de Moringa oleifera: (1) areia (FA); (2) extrato filtrado de M. oleiferaaderido à areia (FA + EMOF); e (3) extrato peneirado de M. oleiferaaderido à areia (FA + EMOP). A água sintética apresentou os seguintes valores médios: turbidez (8,17 ± 0,63 UNT) e cor aparente (2,34 ± 0,22 uC). A utilização da proteína imobilizada de M. oleiferaaderida à areia resultou em menores valores de turbidez da água tratada (< 0,62 UNT para FA + EMOP e < 0,3 para FA + EMOF) quando comparado ao meio filtrante composto somente por areia, FA (< 1,23 UNT). A ANOVA seguida de teste de Tukey denotou a existência de diferença significativa entre os resultados obtidos para a turbidez (p = 0,01382), considerando o FA e demais filtros. Não foram observadas diferenças significativas em relação aos resultados obtidos para a cor aparente, entretanto, todos os valores obtidos foram iguais ou abaixo de 0,5 uC para a água tratada.