Clinical and epidemiological characterization of sporotrichosis in dogs and cats (São Paulo, Brazil)

Abstract

The present study retrospectively characterized canine and feline sporotrichosis in male and female individuals of various ages. The patients had been attended at the Dermatology Service of a university veterinary hospital and the diagnosis had been confirmed by isolation and identification of Sporothrix spp in culture media. The study obtained and analyzed medical records from a period of 19 years (1993)(1994)(1995)(1996)(1997)(1998)(1999)(2000)(2001)(2002)(2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010)(2011). From the evaluated sample, 37 animals were considered for the study, including eight (21.6%) dogs and 29 (78.4%) cats. The patients were mostly male (30/37-86.5%) and had mean ages of 79.5 months for dogs and 36.3 months for cats. Most of the patients had no defined breed (25/37-67.6%). The localized cutaneous form of the disease was most prevalent (25/37-67.6%), and all cases presented positive histopathological diagnoses. Among the cats with sporotrichosis, infection was also observed in animals and/or humans that lived with these cats in 17/37 (45.9%) cases. However, none of the affected dogs appeared to spread the infection, as there were no clinical signs that were consistent with the disease. Sporotrichosis was most prevalent among male mixed-breed cats, most of which had a clinical presentation that was consistent with the localized cutaneous form of the disease. In the studied sample, cats constituted an important source of infection for animals and humans living in the same household. Key words: Sporotrichosis, mycosis, epidemiology, dogs, cats ResumoO presente estudo caracterizou retrospectivamente a esporotricose canina e feline em machos e fêmeas de distintas idades. Os pacientes foram atendidos no Serviço de Dermatologia de um hospitalveterinário escola e o diagnostico foi confirmado pelo isolamento e identificação de Sporothrix spp em meio de cultura. Foram obtidas e analizadas as fichas clínicas de um período de 19 anos (1993)(1994)(1995)(1996)(1997)(1998)(1999)(2000)(2001)(2002)(2003)(2004)(2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010)(2011). Da casuística avaliada, 37 animais foram considerados para o estudo, incluindo 8 (21,6%) cães e 29 (78,4%) gatos. Os pacientes foram na sua maioria machos (30/37-86,5%) com média de idade de 79,5 meses entre os caninos e 36,3 meses dentre os felinos, sendo a maioria dos pacientes sem precisa definição racial (25/37-67,6%). A forma tegumentar localizada da enfermidade foi a mais prevalente (25/37-67,6%), sendo que na totalidade dos casos o diagnóstico histopatológico apresentou-se positivo. Em relação aos gatos esporotricóticos, observou-se infecção em animais e/ou humanos que com eles coabitavam em 17/37 (45,9%) dos casos. Já dentre os cães, nenhum pareceu disseminar a infecção, uma vez que não foram observados manifestações clínicas compatíveis com a enfermidade nos seus contatantes. A esporotricose foi mais prevalente em felinos machos, sem precisa definição racial e, na sua maioria, com apresentação clínica compatível com a forma cutânea localizada ...

Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina

“…Quanto aos dados epidemiológi-cos observou-se que a grande maioria dos gatos eram SRD, o que foi consistente com as observações de outros autores (Rossi et al 2013a, Rossi et al 2013b. Cabe ressaltar que na área de abrangência do LPV-UFSM, gatos SRD são muito representados.…”

“…Não foi possível saber o desfecho dos casos remetidos como biópsias. As duas formas cutâneas (localizada e disseminada) têm sido descritas como as mais frequentes em gatos (Antunes et al 2009), porém há controvérsias quanto a qual das duas seria a mais prevalente (Rossi et al 2013b, Miranda et al 2013. Nos gatos aqui estudados não foi possível observar uma relação entre a multiplicidade de lesões cutâneas e a carga fúngica intralesional, pois 9/10 gatos tinham múlti-plas lesões cutâneas e cinco desses tinham alta carga fúngi-ca, enquanto quatro tinham poucas leveduras nos tecidos.…”

Elaboration and evaluation of a compulsory notification form for human sporotrichosis

“…3,4 Studies have revealed that cats are the only animals that have a significant zoonotic potential due to the high amount of yeasts found in lesions, thus facilitating transmission through contact. 5,6 Brazil, as an endemic, tropical and subtropical risk area, has, in the states of São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte and Espírito Santo, the largest production of studies on the epidemiology of human sporotrichosis. From 2003 to 2013, 25 cases of human sporotrichosis were confirmed in the State of São Paulo.…”

Esporotricose brasileira: desdobramentos de uma epidemia negligenciada

“…Tais áreas contemplam América Latina (Brasil, México, Colômbia, Costa Rica, Guatemala e Uruguai), África do Sul, Índia e Japão, sendo a maioria dos casos descrita nas Américas Central e América do Sul. 21,22,[32][33][34] A esporotricose não é de notificação compulsória em todos os países, fato este que dificulta a obtenção de dados e estabelecimento de suas incidência e prevalência 6 Em algumas áreas, vem diminuindo o número de casos relatados, como na França e no Japão, 35,36 que apresentavam elevada incidência no início do século e, atualmente, registram raros casos da doença. Outras registram um aumento nos últimos anos, como a Austrália e o Brasil.…”

“…Outras registram um aumento nos últimos anos, como a Austrália e o Brasil. 21,22,[32][33][34][35][36][37][38] Países como Peru e México já apresentam áreas hiperendêmicas com registros alarmantes de 48 a 98 casos por 100 mil habitantes e 25 casos por 1.000 habitantes, respectivamente. 39,40 A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo ou idade, e a proporção de homens para mulheres acometidos varia de região para região.…”