Introdução. A fratura da extremidade distal do rádio é uma das fraturas mais comuns nos atendimentos hospitalares. Apresenta diferentes padrões de acordo com a faixa etária, sexo e energia do trauma, conferindo o aspecto bimodal epidemiológico. Fraturas da extremidade distal do rádio cominuídas apresentam maior complexidade, modificando o tipo de tratamento e prognóstico dos pacientes. O objetivo deste estudo é realizar o mapeamento tomográfico das fraturas articulares do rádio distal. Métodos. Estudo retrospectivo, baseado na revisão de prontuários e de exames de imagens disponíveis de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fraturas da extremidade distal do rádio em um hospital terciário. As cominuições foram divididas em tipos de acordo a Classificação de Medoff. Resultados: A cominuição tipo 1 ocorreu em 45,8% dos casos, a tipo 2 em 79,2%, a tipo 3 em 16,7%, a tipo 4 em 31,3% e a cominuição tipo 5 em 93,8% das fraturas. Houve diferença estatística para sexo feminino e cominuição por impacção no fragmento central (p=0,009; teste do Qui-Quadrado). Conclusão: a compreensão biomecânica dos traços ou linhas articulares das fraturas do rádio distal e seus principais desvios apresentaram diferença estatística para cominuição no fragmento de impacção central em mulheres, contudo nosso estudo não foi capaz de explicar a relação entre cominuições na coluna radial e alterações na articulação radioulnar distal.