Cisto ósseo aneurismático vertebral: estudo de três casos

Abstract

O cisto ósseo aneurismático é lesão hipervascularizada, benigna, localmente destrutiva pelo seu crescimento progressivo, de incidência maior na segunda década de vida. Acomete preferencialmente ossos longos e vértebras. Sua sintomatologia varia desde dor e edema locais, até presença de sintomas neurológicos quando de sua localização vertebral. Relatamos três casos de cisto ósseo aneurismático vertebral acometendo crianças, todas com alterações neurológicas. Os diagnósticos foram firmados através de tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética, sendo os pacientes submetidos a cirurgia para ressecção do tumor. Em um dos casos foi realizada a embolização arterial seletiva pré-operatória da lesão. Os três pacientes evoluíram satisfatoriamente, com melhora do quadro neurológico, demonstrando a eficácia da técnica microcirúrgica para ressecção de tumor raquimedular. Discutimos a evolução dos casos e os tratamentos existentes na atualidade.

A importância da biópsia incisional para confirmação diagnóstica de cisto ósseo aneurismático: Relato de caso

“…O Cisto Ósseo Aneurismático (COA) é uma lesão benigna que acomete frequentemente mais a mandíbula do que a maxila com predominância de 3:1 (Vale et al, 2005;Boriani et al, 2001;Kiattavorncharoen et al, 2003). Mas geralmente atinge os ossos longos e a coluna vertebral (Vale et al, 2005;Silva et al, 2007;Caubi et al, 2011;Liu et al, 2021;Sonone et al, 2022).…”

“…Comumente apresenta crescimento rápido, destrutivo, osteolítico, expansivo e é composto por espaços vasculares e sinusóides, que são completados por sangue e cobertos por epitélio fibroso (Vale et al, 2005;Silva et al, 2007;Caubi et al, 2011;Liu et al, 2021;Sonone et al, 2022).…”

“…Clinicamente, os cistos ósseos caracterizam-se por um aumento de volume, podendo promover dor, devido à compressão de nervos, além de possíveis parestesias e fraturas patológicas (Vale et al, 2005;Paiva et al, 2011;Chan et al, 2002). Acometem principalmente pessoas por volta da segunda década de vida, além de terem uma pequena predileção pelo sexo feminino (Vale et al, 2005;Silva et al, 2007;Caubi et al, 2011;Sonone et al, 2022;Domenico, 2019;Boriani et al, 2001;Campidelli et al, 2003).…”

“…Clinicamente, os cistos ósseos caracterizam-se por um aumento de volume, podendo promover dor, devido à compressão de nervos, além de possíveis parestesias e fraturas patológicas (Vale et al, 2005;Paiva et al, 2011;Chan et al, 2002). Acometem principalmente pessoas por volta da segunda década de vida, além de terem uma pequena predileção pelo sexo feminino (Vale et al, 2005;Silva et al, 2007;Caubi et al, 2011;Sonone et al, 2022;Domenico, 2019;Boriani et al, 2001;Campidelli et al, 2003). Research, Society andDevelopment, v. 12, n. 8, e18112843051, 2023 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i8.43051 3 Quando não é possível definir o caso através do levantamento clínico é indicado a realização da biópsia, podendo ela ser incisional ou excisional dependendo do seu tamanho e localização, pois através desse exame poderá ser realizado um exame anatomopatológico especificado e por fim permitindo um reconhecimento precoce da injúria, sendo executado um encaminhamento adequado para o cirurgião Buco-Maxilo-Facial (Alcântara et al, 2022;Lacerda et al, 2022).…”

“…Assim, por meio de um conhecimento prévio, somado a corretos meios de identificação da injúria, o odontólogo poderá executar o trabalho com segurança, garantindo uma terapêutica adequada e prognóstico favorável ao paciente. E, embora alguns autores não indiquem a biópsia incisional do COA devido ao seu caráter hemorrágico, este exame continua sendo extremamente importante para o fechamento diagnóstico, sendo realizado em vários relatos, além de ser uma manobra de menor complexidade quando comparada a uma cirurgia de remoção completa em ambiente hospitalar (Vale et al, 2005;Domenico, 2019;Boriani et al, 2001;Caubi et al, 2011;Domenico, 2019;Paiva et al, 2011).…”