A dispersão de sementes nos ecossistemas é um processo natural realizado pelos fatores abióticos, o vento (anemocórica) e a água (hidrocórica), como também por agentes vivos, como as ações próprias de disseminação das plantas (autocórica ou mecânica); ou auxiliada por diferentes grupos de animais (zoocórica). De fato, é um processo natural e vital para a reprodução e diversidade das plantas. Esse processo envolve o transporte das sementes a certa distância da planta mãe, o que ajuda a evitar a competição por recursos e a colonização de novas áreas. Dentre os animais, representantes dos mamíferos não-voadores e voadores, aves, répteis, peixes e até certos grupos de insetos, atuam de forma ampla dispersando inúmeras espécies da flora. As plantas e os animais desenvolveram adaptações para realizarem esse processo ecológico de forma efetiva, tais como a produção de frutos adocicados e coloridos e a estruturação corporal adequada para a coleta de frutos. A dispersão natural atua contribuindo para o bom funcionamento dos ecossistemas, visando o fluxo gênico das plantas, o aumento da abrangência espacial das espécies botânicas, a diminuição da predação e competição, que influencia positivamente, por exemplo, no aumento das taxas de germinação. No entanto, o decréscimo do número de animais dispersores, influenciado pela fragmentação florestal associado à caça predatória, tem colocado esse processo em risco, trazendo incertezas ao bem-estar dos ecossistemas.Palavras-chave: Ecossistemas. Fauna. Flora. Frugivoria. Sementes.Tópicos em recuperação de áreas degradadas. Volume VI Maurício Novaes Souza (Org.